Curitiba protesta contra aumento da passagem de ônibus nesta segunda

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A tarifa do transporte coletivo amanheceu mais cara em Curitiba. O
valor subiu R$0,55 e a passagem que custava R$ 3,70 agora está em R$ 4,25. Para
resistir e tentar barrar esse aumento abusivo, movimentos ligados à luta pelo
transporte público realizam uma grande manifestação nesta segunda-feira (6). O
ato começa às 18h, na Praça 19 de Dezembro, conhecida como Praça da Mulher e do
Homem Nus.

A direção do SISMMAC participará da manifestação e convida todas
as professoras e professores da rede a se somarem também à luta contra esse
aumento abusivo que afetará milhares de trabalhadores curitibanos. Vamos às
ruas cobrar que o reajuste seja revisto, como ocorreu em 2013 quando uma onda nacional
de protestos forçou vários governos municipais a recuar no aumento da tarifa. O
movimento que ficou conhecido como Jornadas de Junho é um exemplo de que é
possível frear ataques e conquistar avanços com mobilização.

#@vej3@# Com a tarifa de R$ 4,25, a passagem de ônibus em Curitiba se torna
a mais cara entre as capitais, superando o que é pago em São Paulo, Rio de
Janeiro e Belo Horizonte.

Além do aumento de 14,9%, o prefeito Rafael Greca (PMN) anunciou o
fim da tarifa especial de R$ 2,50 aos domingos. A Prefeitura alega que as
medidas são necessárias para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do
sistema de transporte coletivo. Entretanto, a série de aumentos da tarifa
mostram que o transporte público em nossa cidade é tratado exclusivamente como
mercadoria, na qual o lucro das empresas está acima do direito de ir e vir dos
trabalhadores da cidade.

Preço da passagem passou de R$ 0,40 para R$ 4,25 em 22 anos

De 1995 até 2017, a tarifa de transporte coletivo em Curitiba
aumentou 93% acima da inflação, o que corresponde a uma média de aumento real
de 8% por ano. Confira na imagem ao lado o levantamento feito pelo jornal
Gazeta do Povo, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).

Por trás dos aumentos abusivos está a preocupação de manter os altos
lucros das empresas que controlem o transporte coletivo em Curitiba.

A primeira licitação só foi feita em 2010, mas manteve os mesmos grupos
econômicos à frente do serviço. As 11 empresas que dominam o setor em Curitiba
se organizam em três consórcios e dividem entre si o transporte coletivo da
cidade nos lotes Norte, Leste e Oeste. Na licitação de 2010, sequer houve
concorrência porque cada um dos consórcios – Pontual, Transbus e Pioneiro –
apresentou proposta apenas para o lote que já administrava.

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