Educação e saúde públicas na mira de ataques

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Mais um ataque ao serviço público foi enviado ao Congresso
Nacional, no dia 15 de junho, pelo presidente interino Michel Temer. Como se já
não bastassem todas as ameaças de redução de direitos e de aumento da idade
para aposentadoria, o governo também quer congelar gastos públicos pelos próximos
20 anos.

O Projeto de Emenda à Constituição 241/2016 atinge servidores e os
serviços públicos, principalmente em áreas essenciais à população, como educação
e saúde.

Esse também é o alvo do
Projeto de Lei Complementar 257/2016, que usa a negociação das dívidas dos
estados como barganha para cortar investimentos do serviço público.

O governo federal reconhece
que o dinheiro economizado com essas duas propostas seria utilizado para o pagamento
dos juros da dívida pública. Ou seja, quer piorar a
qualidade dos serviços públicos e tirar direitos dos servidores para pagar
o que deve aos bancos e grandes empresários, que veem seus lucros crescerem a
cada ano.

Conheça dois dos principais ataques aos servidores:

PEC 241/16 – Congela gastos públicos
por 20 anos

Estabelece um novo teto para o gasto púbico, que terá como limite
a despesa do ano anterior corrigida apenas pela inflação.

A intenção é que a proposta seja aprovada ainda esse ano e passe a
vigorar já em 2017. Isso significa que em 2036 a
despesa da União em setores como educação e saúde será a mesma executada em
2016. E mesmo se houver crescimento econômico nesse período, não há
possibilidade de revisão desse congelamento.

Se aprovada, a PEC abre margem para a proibição de
novos concursos públicos, bem como de reajuste salarial, alteração de estrutura
de carreira ou criação de cargos que exijam mais investimento.

A proposta, a princípio, destina-se a apenas aos
servidores do poder público federal. Entretanto, sabemos que a aprovação pode
gerar um efeito cascata e influenciar estados e municípios a criarem legislação
semelhante.

Projeto de Lei 327/14 – Impõe restrições para o
direito de greve no serviço público

O presidente do Senado,
Renan Calheiros, quer acelerar a aprovação do projeto que tramita há mais de
dois anos no congresso. Na prática, a proposta busca limitar o direito de greve
no serviço público, com desconto dos dias parados e multa para as entidades
sindicais. Além disso, determina que pelo menos 50% dos servidores continuem
trabalhando durante a greve. Nas atividades consideradas essenciais o
percentual mínimo éde 70%.

Preparação da greve geral já começou nas escolas de Curitiba

União dos trabalhadores é a única forma de impedir a aprovação de
projetos que ameaçam nossos direitos

Para nós, trabalhadores, só resta a mobilização e
a união enquanto classe para barrar a retirada de direitos.

No mês de junho, começamos a mobilizar os locais de trabalho, com
fotos e panfletagem para a comunidade. Além de informar os colegas, pais e
população em geral sobre esses ataques, essas ações também buscaram esquentar o
clima de resistência e preparar a mobilização!

Esses foram
os primeiros passos de uma luta que terá que crescer muito no segundo semestre.
Vamos nos unir a outras
categorias e construir uma forte Greve Geral, que pare todos os locais de
trabalho, desde fábricas até escolas.

Vamos nos colocar em
movimento e mostrar que os trabalhadores não aceitarão a retirada de direitos,
nem o desmonte dos serviços públicos!

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