A falta de nutricionistas na rede municipal de ensino se agrava a cada dia. Apenas seis profissionais da área atendem quase 170 mil estudantes, com a responsabilidade de supervisionar cerca de 275 mil refeições ao dia. As professoras e professores da rede sabem que o problema não é de hoje, entretanto, a Prefeitura tem feitos vista grossa para a merenda escolar.
Para aumentar a pressão a respeito desse assunto, o Conselho de Representantes do magistério referendou uma proposta de denúncia que o representante dos trabalhadores em educação no Conselho de Alimentação Escolar (CAE) irá apresentar na reunião do Conselho, que acontece nesta terça-feira (27).
O objetivo dessa denúncia é que o CAE encaminhe a situação da merenda escolar para o Ministério Público e a administração municipal resolva o problema que afeta milhares de crianças todos os dias. De acordo com o Conselho, são necessários, no mínimo, 30 nutricionistas, dois para cada Núcleo Regional e 12 na gerência da alimentação escolar. Dessa forma, seria possível garantir segurança e qualidade na alimentação das alunas e alunos da rede. Esse número ainda é inferior ao recomendado pelo Conselho Federal de Nutricionistas, que indica que para a rede municipal de Curitiba são necessários 58 profissionais da área de nutrição.
Desde 2011, a Prefeitura recebe ofícios do CAE sobre a necessidade de mais contratações e sobre a falta de estrutura para dar conta da alimentação dos alunos da rede municipal de ensino. Apesar de reconhecer que o número de nutricionistas é insuficiente, a única ação da administração municipal até o momento foi realocar três profissionais do magistério que também têm formação na área de nutrição para a gerência da merenda escolar.
