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É necessário rever o modelo de atendimento imposto aos servidores na Perícia Médica

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Na manhã desta sexta-feira (11), a Perícia Médica foi palco de mais uma cena lamentável de desrespeito com as servidoras e servidores de Curitiba. Uma professora da rede municipal foi constrangida e se sentiu ultrajada no momento em que chegava ao prédio para o exame periódico da Saúde Ocupacional.

O desrespeito ocorreu na entrada do estacionamento. Sem apresentar qualquer explicação, o responsável disse, de forma rude, que ela só poderia entrar se mostrasse o atestado médico ou a convocação. A professora mostrou os outros documentos que havia levado para o exame, informou que estava respondendo a uma convocação da Saúde Ocupacional, mas mesmo assim foi impedida de entrar.

A professora questionou o motivo da proibição, já que a convocação que ela recebeu e assinou na escola não indicava a necessidade de levar o documento no dia do exame. Perguntou também se havia alguma legislação ou portaria que de fato proibisse o livre acesso das servidoras e servidores municipais ao prédio da Perícia Médica. Diante do questionamento, o servidor teria elevado o tom autoritário e dito que se tratava de uma ordem superior: “quem não mostra não entra”.

A situação humilhante só teve fim depois que uma outra servidora interferiu para liberar a entrada, e após a professora ter apresentado os documentos pelo menos mais duas vezes. Após o exame, a professora se sentiu novamente intimidada. Quatro guardas municipais estavam no estacionamento, aguardaram que ela retirasse o carro e deixaram o local logo após a sua saída.

Infelizmente, o sentimento de indignação e de desrespeito vivido pela professora não é um caso isolado. Denúncias e reclamações sobre a demora no atendimento, desrespeito e falta de informação na Perícia Médica são rotineiras. O descaso da Prefeitura com a capacidade do local, com a infraestrutura e preparo dos profissionais faz com que a passagem pela Perícia Médica seja uma experiência traumática e revoltante.

Chega a ser tamanho o absurdo da incoerência praticada pela PMC quando nós, servidores – sobretudo, trabalhadores da educação (o falso pilar para marqueteiro dessa gestão ver) – somos tratados nesta “perícia” como se fossemos bandidos. Não sou bandida, sou professora, e fui submetida à essa cultura do desrespeito! Não queria estar ali, queria estar em minha escola, exercendo minha função, que é dar aula aos alunos! Fui convocada e por isso, só por isso, fui submetida a um tratamento completamente violento de desrespeito, maldade e constrangimento! É inadmissível que outras pessoas continuem a passar por isso todos os dias naquele local” — desabafa a professora.

A revolta diante desses problemas e a pressão das servidoras e servidores fizeram com a Prefeitura publicasse a portaria nº 1620/2014, que estabelece que os atestados de até três dias não precisam mais ser validos na Perícia Médica e podem ser entregues diretamente para a chefia imediata. Essa medida tende a diminuir as filas, mas ainda é preciso avançar mais para garantir que o atendimento na Perícia Médica respeite as servidoras e servidores municipais que são obrigados a irem até o local por exigência da Prefeitura.

Em casos como esse, é importante que a professora ou professor notifique a ouvidoria e faça a denúncia através do 156. O SISMMAC constantemente cobra mudanças e luta pela melhoria do atendimento.

Entre os itens da Pauta de Reivindicações do magistério, está a luta para “melhorar a estrutura de atendimento no prédio da perícia, melhorando a acessibilidade e contratando mais profissionais para realizar o atendimento. Disponibilizar materiais adequados para o atendimento médico. Capacitar esses profissionais, principalmente os peritos, para que possam atender os servidores adoecidos com respeito e humanidade”.

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