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Professores da UFPR entram em greve

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Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram aderir à greve nacional que paralisa as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) há mais de dois meses e já atinge 34 universidades em todo o país.

O início da greve na instituição foi aprovado na última quinta-feira (6) em assembleia geral da categoria. Os docentes da UFPR cruzam os braços a partir das 18h da próxima terça-feira (11).

O SISMMAC manifesta o seu apoio à greve dos professores da UFPR e demais instituições federais de ensino, que se mobilizam contra os cortes na educação, por melhores salários, reestruturação da carreira e em defesa da universidade pública. Trata-se de um movimento justo e necessário de resistência diante do cenário de ataques à classe trabalhadora e de cortes em áreas sociais. Só a mobilização pode frear as ameaças que buscam resolver a crise econômica gerada pelos empresários às custas do sacrifício da educação pública e da piora das condições de vida da maioria dos trabalhadores.

Cortes na educação já afetam funcionamento das universidades
O principal motivo que impulsiona a greve é a redução do orçamento federal destinado à educação. O MEC já perdeu R$ 10,6 bilhões com os cortes divulgados pelo governo federal (PT/PMDB) nos meses maio e julho. As medidas de ajuste fiscal, anunciadas como única saída para a crise econômica, já afetam drasticamente o funcionamento das universidades. Um dos efeitos é a suspensão do fornecimento de carne nos restaurantes universitários (RUs) dos campi da UFPR desde maio deste ano.

Na UFPR, os cortes representam uma redução de 8,3% na verba de custeio da instituição e de 57,56% nos recursos de investimentos. Além disso, em junho foram anunciados cortes de 50% das bolsas por instituição do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Capes.

A categoria também reivindica melhorias na infraestrutura dos locais de ensino, reajuste salarial, reestruturação da carreira, garantia da autonomia e do caráter público das universidades e mais investimentos na educação.

Greves mobilizam o serviço público federal
Além dos professores, os servidores técnico-administrativos das universidades federais também estão em greve desde o dia 28 de maio. A mobilização abrange servidores de 67 instituições e a perspectiva é que o movimento cresça ainda mais no segundo semestre.

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve, em todo o Brasil, desde 7 de julho. Até agora, já foram realizadas pelo menos nove reuniões com o governo federal, mas nenhuma proposta oficial foi apresentada.

Além dos cortes do orçamento destinado às áreas sociais, o governo federal insiste em propor um reajuste salarial de 20%, parcelado pelos próximos quatro anos, o que representa um percentual abaixo da inflação. Essa manobra usa a crise econômica como desculpa para tentar impedir que as categorias do funcionalismo federal se mobilizem por reajuste salarial antes de 2019.

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