Os docentes das universidades estaduais do Paraná deliberaram, a partir das discussões nas últimas assembleias realizadas pela categoria, pela manutenção da greve, iniciada em 27 de abril. O centro da reivindicação do movimento paredista é o reajuste salarial de 8,17% – valor que contempla a reposição integral da inflação do último ano, relativamente à data-base em maio de 2015 – e a auditoria na ParanaPrevidência.
As assembleias foram realizadas nas universidades Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Centro Oeste – Seção Sindical (Adunicentro-SSind), Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Seção Sindical (Adunioeste-SSind), Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá – (Sesduem-SSind) e Seção Sindical da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg-SSind) na última terça-feira (9). A maioria dos presentes em toda as assembleias votou pela continuidade da greve, pois a proposta de reposição salarial apresentada pelo governo estadual de Beto Richa é insuficiente e provoca perdas reais nos salários dos docentes. Além disso, a categoria rejeitou a ideia de que o reajuste seja ofertado somente a partir de 2017.
Mary Falcão, 2ª vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, aponta os motivos que levaram a base da categoria docente a rejeitar a proposta do governo estadual de reajuste salarial e de seu respectivo parcelamento. “Não temos acordo com o que foi encaminhado até agora, entre o governo e o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que engloba 18 sindicatos de servidores públicos do Estado, pois em nenhum momento o governo sentou com o movimento docente para negociar a pauta específica de greve. Queremos abrir as negociações com o governo para apresentar as nossas demandas. Além disso, é importante lembrar que estudos realizados relativos às contas públicas do governo estadual demonstram que o estado tem condições de pagar a integralidade do reajuste ainda nesse ano”, afirmou.
Os docentes da Universidade de Londrina decidirá o rumo do movimento paredista nessa quinta (11).
Professores da rede básica encerram greve
Depois de várias tentativas de negociação com o governo, os professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram aceitar a última proposta apresentada e encerraram a greve da categoria – que completou 46 dias também nesta terça-feira (9). O reajuste inicial será de 3,45% e será pago em outubro. O acordo ainda prevê um plano de reajuste até 2018.
Fonte: ANDES-SN