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Professores paralisam rede de educação em seis estados

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Os professores estaduais de seis estados estão em luta por salários e melhores condições de trabalho. Os trabalhadores dos diferentes locais tem pautas em comum além do reajuste salarial, como o cumprimento do piso, melhorias nas estruturas das escolas e contratação de mais professores.

As redes estaduais do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Pará já completam mais de 50 dias sem aulas no ano. Já as professoras e professores de Goiás e Sergipe começaram as greves na última semana.

No Paraná, os professores estaduais já estão na segunda greve do ano, somando mais de 50 dias parados. Após o massacre feito pelo governador Beto Richa (PSDB) e pela Polícia Militar no dia 29 de abril, os servidores continuaram em greve pela revogação da lei que modifica a previdência, pelo reajuste de 13,1% retroativo a data-base, realização de concurso público e melhores condições de trabalho. O governo se mostrava intransigente com a categoria e tinha anunciado o fim das negociações com um reajuste 5% parcelado em duas vezes e sem data para o pagamento. Com a mobilização das professoras e professores, o governo agora diz que voltará para a negociação se as aulas volta.

Em São Paulo, a greve dos professores estaduais já dura mais de 60 dias. O governo ainda não apresentou uma proposta para as principais pautas da categoria, como o reajuste salarial, e começa a descontar salário dos grevistas pelos dias parados. As professoras e professores enfrentam inúmeros problemas, como a falta de professores, de estrutura e, até mesmo, de água nas escolas. A categoria reivindica reajuste de 75,33%, buscando a equiparação salarial com os outros servidores do estado de nível superior, e limite máximo de 25 alunos por sala. Os direitos dos temporários também fazem parte da pauta dos professores, como o acesso desse segmento ao plano de saúde no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). A próxima assembleia da categoria para avaliar a greve será realizada nessa sexta (22) no vão do MASP.

Em Santa Catarina, os professores estaduais estão paralisados há mais de 50 dias. O governo ainda não respondeu com garantias concretas as principais reivindicações como o pagamento de 13,01% do piso na carreira, retroativo a janeiro, não incorporação da regência de classe, não contratação de ACTs como horistas, entre outros pontos. Na proposta enviada pela administração constava apenas a anistia de faltas de 2012 a 2014 e a revisão de parte da redação do decreto das progressões, ou seja, grande parte da pauta foi “esquecida” na mesa de negociação pelo governo. Além disso, a administração está analisando a possibilidade de contratar professores temporários, o que fere o direito à greve e desrespeita a categoria.

No Pará, as professoras e professores da rede estadual estão em greve desde o dia 25 de março, contabilizando mais de 55 dias parados. A categoria reivindica o pagamento retroativo do piso nacional desde janeiro, o cumprimento de hora-atividade e que o ponto dos grevistas não seja cortado. Além da determinação da Justiça de descontar o salário dos trabalhadores que estão paralisados, o governo contratou professores temporários para substituir os grevistas. Categoria tem assembleia marcada nesta sexta (22).

Em Sergipe, a categoria entrou em greve no dia 18 de maio. As professoras e professores reivindicam reajuste de 13% para todos os profissionais da rede, garantia de segurança e reformas nas escolas estaduais. O governo ainda não apresentou uma proposta.

Em Goiás, a greve começou no dia 13 de maio e tem como pauta o pagamento do piso dos professores e do salário integral dentro do mês trabalhado. Além disso, as professoras e professores reivindicam a data-base dos administrativos, salário dos contratos temporários serem equiparados com o dos efetivos e a realização de concurso público.

Violência contra professores municipais

Os trabalhadores da rede municipal de educação de Goiânia estão paralisados há mais de 35 dias e, como os servidores estaduais do Paraná, também sofreram repressão policial durante a greve. No dia 29 de abril, mesma data do massacre no Paraná, os professores em greve de Goiânia foram reprimidos com cassetetes e gás de pimenta pela guarda municipal do prefeito Paulo Garcia (PT), deixando pelo menos 15 trabalhadores feridos. A agressão ocorreu porque os professores iriam fazer uma caminhada em forma de ato pelos corredores do Paço Municipal.

A categoria está paralisada pelo pagamento retroativo da data-base de 2014 para os servidores administrativos e do piso aos professores, melhorias nas estruturas físicas e segurança dos prédios e construção de novas unidades. Os servidores vão avaliar a greve em assembleia nesta quinta (21).

Além de Goiânia, professoras e professores de outras sete cidades também estão em greve na luta por seus direitos: Maceió (AL), Macapá (AP), Camacã e Lauro de Freitas (BA), Curvelândia, Pedra Preta e Barão de Melgaço (MT). Os professores das universidades estaduais da Bahia também estão paralisados, desde o dia 13 de maio.

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