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Greves paralisam educação básica em quatro estados

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Professores das redes estaduais de educação estão em greve em São Paulo, Santa Catarina, Pará e Paraíba. As mobilizações que paralisam as aulas nos quatro estados têm em comum a luta contra os cortes de investimento em educação e as reivindicações por melhores condições de trabalho, reajuste salarial e em defesa da educação pública.

Em São Paulo, a greve, que começou no dia 13 de março, luta contra o corte de verbas na educação realizado pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e contra o fechamento de 3.330 salas de aula. As professoras e professores da rede estadual enfrentam inúmeros problemas, como a falta de professores, de estrutura e, até mesmo, de água nas escolas. A categoria reivindica reajuste de 75,33% e limite máximo de 25 alunos por sala. O governo paulista segue intransigente na negociação, e a última rodada de conversas, realizada no dia 30 de março, não apontou para avanços. Os professores paulistas realizam assembleia para avaliar a greve na última quinta-feira (2), no vão do Museu de Artes de São Paulo (Masp).

Em Santa Catarina os professores estão em greve desde o dia 24 de março. Eles exigem a derrubada da Medida Provisória 198, imposta pelo governador Raimundo Colombo (PSD). Segundo o sindicato da categoria, essa medida rebaixa o salário dos professores temporários, o que divide a categoria e cria uma diferença problemática entre esses profissionais e os concursados. Os professores catarinenses realizaram manifestação na última quarta-feira (1) em Florianópolis, e foram até a Assembleia Legislativa protestar contra a MP.

No Pará, a greve teve início no dia 25 de março. Os professores estão mobilizados por conta da ameaça de redução salarial e contra o não pagamento do piso salarial. Além de descumprir a Lei 11.738/2008, o governo de Simão Jatene (PSDB) também agravou a situações dos professores ao encaminhar às escolas a orientação de reduzir a carga horária para 150h de regência, impondo redução salarial aos trabalhadores. A categoria reivindica também reajuste do piso e do vale alimentação. A Secretaria de Educação paraense diz que estuda o orçamento para apresentar alternativas aos trabalhadores.

Na Paraíba, a greve começou no dia 1º de abril. Os professores pedem reajuste de 13,01%, Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para os trabalhadores da educação, gratificação dos diretores escolares, eleições em toda as escolas do estado, piso na integralidade e redução da carga horária para 30 horas semanais. A categoria também enfrenta cortes de investimentos na educação impostos pelo governador Ricardo Coutinho (PSB)

Além dos quatro estados em greve, os professores estaduais de Pernambuco decidiram, em assembleia realizada no dia 31 de março, realizar paralisação nos dias 8 e 9 de abril. No dia 10, eles farão nova assembleia para decidir sobre uma possível entrada em greve. A categoria critica o Projeto de Lei 79, que versa sobre o reajuste dos professores e está sendo discutido no legislativo estadual.

Greves da educação municipal
Além das redes estaduais, a insatisfação diante dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho também movimentam o magistério municipal de diversas cidades. Em Juiz de Fora (MG), os professores da rede municipal estão em greve desde o dia 14 de março. A categoria reivindica a retirada do artigo 9º da Lei nº 13012/14, que autoriza a concessão de reajuste diferenciado, como forma de complementação salarial, para professores iniciantes que estiverem abaixo do piso nacional. Com essa medida, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) busca economizar na implementação do Piso Nacional, impondo achatamento aos professores que tem mais tempo de serviço.

Já em João Pessoa (PB), a greve teve início no dia 16 de março. A categoria reivindica 16% de reajuste salarial com retroativo a janeiro. Entretanto, o prefeito Luciano Cartaxo (PT) ofereceu apenas 3% de reajuste, bem abaixo dos índices inflacionários que superam os 7%. Além dos ataques da Prefeitura, os professores enfrentam também a intervenção da Justiça do Trabalho que declarou a greve abusiva e determinou o retorno ao trabalho no dia 30 de março.

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