• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • Reajuste proposto pela Prefeitura não garante aumento real

Reajuste proposto pela Prefeitura não garante aumento real

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20150331data2

 Se depender da Prefeitura, os servidores municipais receberão apenas o reajuste da inflação e ficarão sem aumento real nos salários pelo terceiro ano consecutivo. Nesta terça-feira (31), durante reunião com os quatro sindicatos que representam o funcionalismo municipal, a administração anunciou que o reajuste será de 7,68%, tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Com essa proposta, a administração municipal tenta impor uma política de arrocho salarial ao conjunto dos servidores. Ao cobrir apenas a inflação, a Prefeitura não recupera sequer o nosso poder de compra já que o custo do transporte, do aluguel e dos impostos subiu muito mais que a inflação oficial.

Os representantes das quatro entidades sindicais manifestaram de forma unânime seu desacordo com o reajuste proposto. Além de não atender a reivindicação de todas as categorias por aumento real, a demora para iniciar o debate sobre o reajuste salarial também demostra o desrespeito da Prefeitura com o processo de negociação. A discussão da data-base só começou hoje, dia 31 de março, data em as negociações sobre o tema já deveriam ter sido concluídas. Mesmo com a cobrança insistente feita pelos sindicatos, a administração optou por enrolar ao máximo e só sentou para debater o tema no último prazo possível.

O índice de reajuste proposto pela Prefeitura será levado para avaliação dos servidores nas assembleias realizadas pelos sindicatos. O magistério municipal avaliará essa proposta na assembleia do dia 1º de abril, que será realizada no Centro de Convenções (Rua Barão do Rio Branco, 370 – Centro), as 18h30. Ajude a mobilizar sua escola para que todos e todas estejam presentes na assembleia que debaterá o indicativo de greve do magistério!

A omissão do prefeito e a estratégia da Prefeitura na condução da reunião
Para abrir a reunião, a Prefeitura apresentou informações sobre as contas do município. Segundo os dados, as despesas aumentaram cerca de 10% a mais do que a receitas entre os anos de 2000 e 2014. Esse cenário teria feito com o que último ano fosse fechado em déficit fiscal de R$ 138 milhões. Depois de lamentar o cenário econômico desfavorável, a administração municipal apresentou uma primeira proposta abaixo da inflação, com o índice 6,21% que seria o percentual previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Só depois que os representantes dos sindicatos deixaram claro que sequer debateriam um índice de reajuste abaixo da inflação, a Prefeitura revelou a proposta 7,68%, demostrando que toda a lamentação se tratava de uma jogada ensaiada.

A ênfase na apresentação dos dados técnicos não foi a única manobra da Prefeitura na reunião. Apesar do ofício enviado pelos sindicatos reivindicar que o prefeito estivesse presente, Gustavo Fruet preferiu se omitir e deixou a responsabilidade de conduzir o debate sobre a data-base apenas com a Secretaria Municipal de Recursos Humanos. Nem a greve dos servidores municipais da saúde convenceu o prefeito a comparecer na reunião.

Não aceitaremos calados todo esse descaso e desrespeito com os servidores municipais! Todos e todas à assembleia do dia 1º de abril!

Posts Relacionados