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Ataques aos direitos do magistério são respondidos com greves

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Os trabalhadores da educação da cidade de João Pessoa estão em greve desde o dia 16 de março. Mesmo com o Tribunal de Justiça, por pedido da Prefeitura, se esforçando para declarar a greve ilegal, mas sem êxito, as professoras e professores da rede não se intimidaram.

A categoria reivindica 16% de reajuste salarial com retroativo a janeiro. Entretanto, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), ofereceu apenas 3% de reajuste, bem abaixo dos índices inflacionários que superam os 7%.

De acordo com a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa, o vencimento inicial do magistério é R$ 1.403,70 e, com o reajuste oferecido de 3%, esse valor iria para R$1.445,90. Isso representa um acréscimo de apenas R$ 42,11 ficando aquém do piso salarial nacional que é de 1.917,78.

A negociação entre a categoria e a Prefeitura está suspensa, mas os profissionais do magistério de João Pessoa seguem firmes na luta, dialogando com a população por meio de panfletagens em pontos importantes da capital paraibana.

Além de reajuste da inflação e aumento real, os trabalhadores também reivindicam melhoria da estrutura das unidades escolares e das condições de trabalho. Os professores denunciam as instalações físicas deterioradas, falta de materiais de limpeza, de expediente e pedagógico e falta de funcionários da limpeza, vigilância e inspetores.

Professores estaduais de São Paulo

As professoras e professores da rede estadual de São Paulo estão em greve desde o dia 13 de março. A categoria enfrenta falta de professores, de estrutura e, até mesmo, de água nas escolas. Além disso, contratos de inúmeros professores não foram renovados.

Nesse início de ano, várias turmas foram fechadas em todo o estado, o que acarretou em salas com mais de 50 alunos por turma.

Estima-se que o governo do PSDB tenha cortado o montante de R$800 milhões da educação.

Profissionais do magistério de Juiz de Fora
No estado de Minas Gerais, em Juiz de Fora, os professores também estão em greve por aumento salarial e pela manutenção do plano de carreira. A categoria reivindica a retirada do artigo 9º da Lei nº 13012/14, que autoriza a concessão de reajuste diferenciado, como forma de complementação salarial para professores iniciantes que estiverem abaixo do piso nacional da classe, além do reajuste salarial de 13,01%, mesmo índice concedido, em janeiro, pelo Ministério da Educação (MEC). Se isso se efetivar, os professores com vários anos de rede terão sua carreira achatada.

A conjuntura nacional é de ataque aos direitos dos professores e consequente ataque ao direito da das filhas e filhos da classe trabalhadora à educação pública. Inúmeros prefeitos e governadores de diferentes partidos têm buscado cobrar dos trabalhadores a conta imposta pelo capital. Em nível federal, o governo da “Pátria Educadora” cortou R$7 bilhões do orçamento destinado à educação.

A direção do SISMMAC se solidariza aos professores em luta por todo o país. Os exemplos citados acima, a greve dos trabalhadores da rede estadual do Paraná e, até mesmo, o descaso com que a Prefeitura tem tratado o nosso novo Plano de Carreira mostram que só com muita luta conseguiremos barrar ataques e arrochos. Juntos somos mais fortes!
 

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