Na manhã desta sexta-feira (19), o SISMMAC se reuniu com representantes das secretarias municipais de Educação e de Recursos Humanos para tratar dos problemas no processo de implantação do novo Plano de Carreira. Além de informar a Prefeitura sobre o indicativo de greve aprovado em assembleia, a direção do sindicato também cobrou explicações sobre a forma como a administração municipal está entendendo a análise da trajetória de carreira e voltou a pedir a entrega da planilha de enquadramento que será usada para alimentar o simulador.
A direção do SISMMAC deixou claro que o magistério está insatisfeito e que não aceitará nenhum retrocesso no processo de adesão e de enquadramento do novo Plano de Carreira. O entendimento construído durante as reuniões do Grupo de Trabalho era de que a trajetória de carreira fosse calculada com base nos crescimentos que cada professora ou professor teve oportunidade real de participar. Ou seja, os crescimentos do Plano de Carreira atual, que entrou em vigor em 2001. Se forem considerados os concursos de mudança de área e outras progressões do período em que o magistério fiou sem Plano de Carreira, esse novo enquadramento pode gerar mais achatamentos e distorções.
Na reunião, a administração municipal buscou minimizar a preocupação do magistério. A secretária municipal de Recursos Humanos, Meroujy Cavet, alegou que as grandes disparidades identificadas pelas professoras e professores no simulador, na segunda-feira (16), foram geradas por falhas técnicas no sistema desenvolvido pelo Instituto Curitiba de Informática (ICI). Segundo a secretária, os problemas estão sendo revistos e o novo simulador será apresentado para o magistério no início da próxima semana, na primeira reunião da Comissão Paritária que acompanhará a implementação do novo Plano.
Apesar do tom tranquilizador que a administração municipal buscou dar a reunião, o cenário de insegurança permanece. A Prefeitura ainda não apresentou a base de cálculo usada no simulador e durante a reunião deu a entender que tratará a trajetória de carreira de uma forma diferente do que foi acordado com o magistério.
O SISMMAC reivindica, desde o início das negociações, a apresentação dos dados usados pela Prefeitura para elaborar a primeira proposta preliminar de enquadramento. Quando o projeto de lei foi protocolado na Câmara Municipal insistimos que esses dados teriam que ser divulgados antes da aprovação do novo Plano de Carreira para que a categoria tivesse acesso a proposta de enquadramento previamente e pudesse questionar o impacto financeiro divulgado pela administração municipal. A recusa da Prefeitura em apresentar os dados é o que gera esse cenário de insegurança agora.
Fique atento às notícias e ajude a informar os colegas sobre o que está em jogo na reta final da luta pelo nosso Plano de Carreira. Na próxima segunda-feira (23), a Comissão Paritária deve se reunir para testar a nova versão do simulador. Ou a administração municipal garante um processo de enquadramento que não gere novas distorções ou vamos à greve novamente!
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