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SISMMAC se solidariza aos presos políticos

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Por conta dos conflitos agrários na região de Palmas, sudoeste do Paraná, lutadores e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do estado estão há cinco anos privados de liberdade. Gentil Vieira, Adir da Luz, Dirceu Zeni, Moisés Machado, João Veloso, Márcio da Silva, Jacir Arreal e Valdecir Sturm ousaram lutar contra o latifúndio e, após longos anos de clausura, irão a júri no dia 24 de fevereiro, às 9h, na cidade de Mangueirinha, interior do Paraná.

Em 2007, Gentil e os demais trabalhadores rurais foram presos acusados da morte de criminosos, que atuavam como pistoleiros a mando do latifúndio, na região de Francisco Beltrão. Militantes e familiares exigem a real apuração dos fatos e apontam que as prisões tem motivação política, como represália às ocupações de terras.

Histórico de luta

Gentil Vieira militou no movimento estudantil da Universidade Federal do Paraná no final da década de 90 e depois tornou-se coordenador do MST em Francisco Beltrão.

Em 2007, Gentil foi baleado durante um confronto na fazenda da Syngenta, em Santa Teresa do Oeste, no interior do Paraná. Episódio no qual o militante do MST e da Via Campesina, Valmir Mota de Oliveira, mais conhecido como Keno, foi assassinado à queima roupa.

O campo de experimento da Syngenta havia sido ocupado pelos camponeses em março de 2006 para denunciar o cultivo ilegal de sementes transgênicas de soja e milho. A ocupação tornou os crimes da empresa conhecidos em todo o mundo. Após 16 meses de resistência, no dia 18 de julho de 2007, as 70 famílias desocuparam a área, se deslocando para um local provisório no assentamento Olga Benário, também em Santa Tereza do Oeste.

A nossa luta é todo dia!

O SISMMAC se solidariza a situação dos presos políticos, em especial a de Gentil Vieira, companheiro de luta de longa data e se coloca a disposição para auxiliar nos próximos enfrentamentos.

O número de terras cedidas para a reforma agrária diminuiu nos últimos anos e o mandato de Dilma (PT) está entre os que menos desapropriaram, ficando a frente apenas de Fernando Collor. Até agora, Dilma assinou 178 decretos de desapropriação de imóveis rurais. A expectativa é que o segundo mandato seja ainda mais difícil, já que a indicação de Katia Abreu (PMDB) para o Ministério da Agricultura demonstra uma aproximação ainda maior da presidente com grupos ruralistas contrários à reforma agrária.

A criminalização dos movimentos sociais é uma constante e foi intensificada após as jornadas de junho de 2013. Precisamos combater essa prática com luta e solidariedade. A mídia burguesa não apresenta todos os lados da moeda e facilmente coloca o conjunto da população contra os lutadores. Por isso, é preciso divulgar as atrocidades que o latifúndio em conluio com o Estado comentem ao prender, torturar e assassinar os muitos ‘Gentis”, “Kenos”, “Marias”, “Anas”, “Josés”, e muitos outros, e nós mal ficamos sabendo.

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