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Manifestação cobra redução da passagem de ônibus em Curitiba

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Nesta sexta-feira (14), a Frente de Luta pelo Transporte realiza uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus, que subiu de R$2,70 para R$ 2,85 na última terça-feira. O ato começa às 18h, na Boca Maldita.

A decisão de subir o preço da tarifa contradiz o relatório publish pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em setembro de 2013 e os questionamentos feitos da CPI do Transporte. A autoria realizada pelo TCE mostrou que a passagem de ônibus deveria custar R$ 2,25 e que pelo menos seis itens deveriam ser retirados do cálculo da tarifa técnica. Essa auditoria também identificou sinais de formação de cartel e oligopólio. Em alguns lotes, como é o caso do que compreende o Norte da cidade, a família Gulin controla 87,06% da frota. Por isso, o Tribunal de Contas recomendou a imediata anulação da licitação e a realização de uma nova concorrência no prazo de 12 meses.

Apesar dos relatórios comprovarem diversas irregularidades, o prefeito Gustavo Fruet se recusa a enfrentar de frente o problema da máfia do transporte coletivo. Ao não rever a licitação realizada pelo ex-prefeito Beto Richa em 2010, deixa de agir na causa e trata apenas os efeitos dessa concorrência fraudulenta. Dessa forma, Fruet opta por proteger o lucro dos empresários do transporte e empurra a conta do aumento da tarifa para os trabalhadores e trabalhadoras da cidade.

Segundo o relatório do TCE, o prejuízo mensal dos usuários do transporte coletivo de Curitiba por causa da tarifa técnica superfaturada foi de 10,9 milhões em 2013. Isso mostra claramente que o transporte público em nossa cidade é tratado exclusivamente como mercadoria, na qual o lucro dos empresários está acima do direito de ir e vir dos trabalhadores da cidade.

A licitação fraudulenta
A primeira licitação para escolha das empresas que administram o transporte público de Curitiba só foi feita em 2010 e não representou qualquer avanço, pois manteve os mesmos grupos econômicos à frente do serviço. As 11 empresas que dominam o setor em Curitiba se organizam em três consórcios e dividem entre si o transporte coletivo da cidade nos lotes Norte, Leste e Oeste. Na licitação de 2010, sequer houve concorrência porque cada um dos consórcios – Pontual, Transbus e Pioneiro – apresentou proposta apenas para o lote que já administrava.

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