• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • Após sanção, começa luta para que as conquistas do novo Plano de Carreira saiam do papel

Após sanção, começa luta para que as conquistas do novo Plano de Carreira saiam do papel

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
sancao

O Plano de Carreira que o magistério conquistou com mobilização foi sancionado pelo prefeito Gustavo Fruet no dia 11 de novembro. A sanção do Plano encerra a longa maratona percorrida pela categoria para garantir em lei a aceleração dos crescimentos, a valorização do tempo de serviço, o incentivo à formação continuada e a correção das distorções. Agora, vencida essa primeira etapa, começa a luta para que as conquistas saiam de fato do papel!

O anúncio de corte de gastos coloca o magistério em alerta. Temos que continuar unidos e mobilizados para garantir que o calendário de implantação conquistado na Câmara Municipal seja cumprido à risca. O fato de o nosso Plano de Carreira só ter sido sancionado no último dia do prazo de 15 dias úteis estabelecido em lei demonstra que essa não é realmente uma prioridade para a administração municipal.

Com a lei sancionada, inicia-se o prazo para confecção do decreto que irá regulamentar a implantação do novo Plano. O prazo é de três meses e, nesse período, o RH assumiu o compromisso de chamar todas as professoras e professores para fazer o cálculo do tempo de serviço e da trajetória na carreira. Apesar de já termos cobrado, o RH ainda não apresentou uma metodologia de como irá fazer isso. Afirmou apenas que vai oferecer no portal RH 24 horas uma ferramenta que permitirá aos servidores fazer a simulação de enquadramento na nova lei.

Confira os próximos passos
• A partir da data da sanção, a Prefeitura tem até 90 dias para publicar o decreto que regulamentará o processo de enquadramento no novo Plano de Carreira;

• A situação de cada profissional – considerando o tempo de serviço, a trajetória dos crescimentos e as possíveis distorções – devem ser analisados para que a professora ou professor escolha se quer continuar no Plano atual (Lei 10190/2001) ou se prefere aderir ao novo Plano (Lei 14544/2014). Abre-se então um período para a assinatura do termo de adesão ao novo Plano de Carreira;

Até 1° de fevereiro de 2015 – Concessão de uma referência para cada profissional do magistério. Pagamento de mais referências para quem tem distorções;

Até 1° de outubro de 2015 – Concessão de 50% do total de referências adicionais a que o profissional do magistério tem direito;

Até 1° de julho de 2016 – Concessão do restante de referências devidas;

Até 1° de dezembro de 2016 – Transição para a nova tabela.

Relembre o histórico dessa conquista: Plano de Carreira é fruto da luta do magistério!

A Campanha de Lutas de 2013 teve como um dos eixos centrais a aceleração dos crescimentos na carreira. O magistério conquistou a formação de um grupo de trabalho responsável por elaborar um novo Plano de Carreira para a categoria. A primeira reunião aconteceu no dia 20 de maio de 2013, quando foram formados os grupos de trabalho dos sete planos de carreira existentes no município. Nesse dia, a administração apresentou um calendário de discussão e prometeu iniciar a implantação de todos os novos planos em abril de 2014.

Ao longo de todo o ano de 2013, o Grupo de Trabalho foi tratado com descaso, várias reuniões foram canceladas e o ano terminou sem que a Prefeitura apresentasse uma proposta por escrito.

Foi só com a aprovação do indicativo de greve do magistério para o início de 2014 que conseguimos fazer a administração municipal entregar uma primeira proposta escrita, depois de um ano inteiro de negociações. Apresentada no dia 31 de janeiro de 2014, essa proposta acatou algumas reivindicações do magistério, como o crescimento vertical automático, mas propôs a retirada dos quinquênios e enquadramento por salário similar.

A pressão da categoria fez a Prefeitura recuar na tentativa de retirada dos quinquênios e no enquadramento por salário similar já em fevereiro. Entretanto, a administração municipal ainda se recusou a registrar o compromisso de considerar a integralidade do tempo de serviço no enquadramento e de incluir os aposentados no novo Plano de Carreira.

Foi com a greve do dia 17 de março que arrancamos esses dois compromissos da Prefeitura. Além das duas conquistas relacionadas à carreira, nossa greve também conquistou um calendário de novas contratações.

Após a greve, a Prefeitura atrasou ao máximo a divulgação da redação do projeto de lei. Um primeiro documento foi enviado ao Sindicato no dia 28 de maio e dois dias depois a Prefeitura enviou uma nova versão com alterações no texto. 

O magistério se reuniu para analisar a redação final no III Seminário sobre a Carreira no dia 31 de maio e propôs uma série de alterações que foram negociadas com a Prefeitura antes do envio do projeto à Câmara Municipal. O único avanço significativo obtido nesse momento foi a inclusão dos critérios para o avanço linear e para o avanço por titulação. A administração municipal não aceitou incluir os critérios para mudança de classe (gatilhos de 10% e 20%), nem atendeu as demais reivindicações da categoria.

Diante da intransigência da Prefeitura e do esgotamento das possibilidades de negociação, o magistério voltou a cruzar os braços nos dias 11 e 12 de agosto. A pressão da greve conseguiu reabrir um canal de negociação através da Câmara Municipal.

A categoria acompanhou a tramitação do Plano de Carreira na Câmara e fez pressão com o envio de emails para os vereadores e com a participação em reuniões e comissões. Com essa mobilização, conquistamos alguns avanços em relação à proposta inicial protocolada pela Prefeitura.

A principal alteração conquistada na Câmara Municipal foi definir datas fixas para cada passo da implantação do Plano, garantindo, assim, que todo o processo acontecerá dentro da gestão Fruet.

Também foi alterada a redação para garantir que os dois anos de implantação do Plano serão recalculados no momento final do enquadramento para que não aja achatamento.

A última alteração conquistada na Câmara Municipal diz respeito à data do pagamento do avanço por titulação. A comissão permanente que avaliará os certificados terá o prazo de 120 dias para responder o professor e o pagamento do avanço deverá considerar a data do protocolo.

Posts Relacionados