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Professores são agredidos na Assembleia Legislativa do Paraná

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No dia 4 de novembro, professores da rede estadual foram brutalmente agredidos na Assembleia Legislativa durante a votação do projeto de lei que prorroga por um ano o mandato das direções de escola. Seguranças retiraram à força alguns professores que acompanhavam a votação das galerias enquanto a categoria protestava contra a decisão autoritária do governador Beto Richa (PSDB) de cancelar as eleições marcadas para o dia 26 de novembro.

Os seguranças agiram com autoritarismo e brutalidade, arrastando professores pelas pernas até a saída das galerias. As imagens gravadas pela imprensa mostram que os seguranças deram socos e cotoveladas no meio da confusão. Pelo menos quatro professores ficaram feridos e uma professora precisou de atendimento médico com suspeita de fratura no braço.

A direção do SISMMAC manifesta o seu repúdio à ação autoritária e unilateral do governador Beto Richa. Além de desrespeitar o histórico democrático construído nas escolas através da eleição direta, o governo ataca também a liberdade de manifestação dos trabalhadores. É inadmissível que use da violência para calar quem exercia seu direito legítimo de manifestação contra o ”tratoraço” imposto pelo governador para aprovar um projeto que ataca a educação e o principio da gestão democrática.

Suspensão das eleições é um ataque à gestão democrática
O mandato dos atuais diretores termina em 31 de dezembro e as novas eleições estavam marcadas para o dia 26 de novembro, já com chapas registradas para concorrer.

A decisão de suspender as eleições já é por si só autoritária e um ataque ao principio da gestão democrática, mas a forma como governador Beto Richa encaminhou a discussão ultrapassa qualquer limite do bom senso. O projeto de lei tramitou em regime de urgência e todas as três votações exigidas para esse tipo de proposta foram realizadas em um mesmo dia. Para isso, os líderes do governo na Assembleia Legislativa utilizaram como manobra a aprovação de um requerimento que transforma a sessão em Comissão Geral e autoriza a realização de várias sessões no mesmo dia. Esse procedimento é conhecido como "tratoraço" por atropelar a discussão normal do projeto de lei no legislativo estadual.

A ordem para retirada dos manifestantes partiu do presidente da Alep, Valdir Rossoni (PSDB). Entretanto, a culpa da agressão também é do governador Beto Richa, que ordenou que a proposta tramitasse sem debate com a categoria e sem espaço para questionamentos no legislativo.

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