• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • SISMMAC participa de manifestação contra a criminalização dos movimentos sociais

SISMMAC participa de manifestação contra a criminalização dos movimentos sociais

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20141022

 A direção do SISMMAC participou, nesta quarta-feira (22), da manifestação realizada no pátio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná contra a criminalização dos movimentos sociais.

Organizado pelo Comitê Lutar Não é Crime, o ato reuniu entidades estudantis e sindicais para cobrar o arquivamento do processo criminal movido contra o estudante Nicolas Pacheco, preso de forma ilegal no dia 28 de agosto, durante a manifestação contra a privatização do Hospital de Clínicas.

Prisões forjadas e a perseguição a ativistas fazem parte de uma mesma política de criminalização que ataca o direito à livre manifestação. O objetivo é amedrontar e afastar as pessoas da luta por mudanças sociais e melhores condições de vida para a população trabalhadora. Ameaçados pelo aumento das greves e das manifestações, governantes e empresários apostam na repressão para silenciar a insatisfação dos trabalhadores e manter seus privilégios. Além do caso de Nicolas, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São José dos Pinhais (Sinsep), Juciane Zuanazzi, também responde a um processo criminal por difamação movido pela Prefeitura do município.

Não podemos permitir que manifestantes sejam presos ou perseguidos judicialmente por participarem atos públicos e exigirem direitos! Lutar não é crime!

Entenda o caso de Nicolas Pacheco
No dia 28 de agosto, Nicolas permaneceu detido ilegalmente no interior da Reitoria da UFPR e depois foi transferido para a superintendência da Polícia Federal. Durante o dia, não teve o direito de ser assistido por advogados. Só foi libertado mediante pagamento de fiança na madrugada do dia seguinte.

Agora, o estudante responde ao processo em liberdade, mas ainda corre o risco de ser preso ou condenado por “crimes” que não cometeu. As imagens divulgadas pela RPC TV mostram o momento em que Nicolas é capturado pela polícia. Ele está de costas para os policiais, quando é agarrado pelas costas e jogado ao chão. Em seguida, um grupo de policiais se lança sobre ele. Apesar de as imagens mostrarem claramente que a detenção foi arbitrária, o delegado da Polícia Federal responsável pela prisão do estudante alega que ele teria praticado “desacato”, “resistência à prisão” e “constrangimento ilegal”.

Seguranças que prestaram depoimento reforçaram a versão apresentada pela Polícia Federal, de que Nicolas teria tentado “retirar a arma de um policial”. Essas alegações absurdas apresentadas pela Polícia Federal e pela segurança privada são as únicas “provas” apresentadas contra Nicolas. Trata-se, portanto, de uma prisão arbitrária, ilegal e que usa os mesmos artifícios da época da ditadura militar. Confira aqui as imagens divulgadas pela RPC TV.

Posts Relacionados