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Professor brasileiro tem jornada de trabalho acima da média internacional

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Uma pesquisa divulgada na semana passada revelou que os professores brasileiros de escolas de ensino fundamental passam mais horas em sala de aula do que a média internacional. Os brasileiros permanecem 25 horas por semana em sala; seis horas a mais do que a média dos 30 países pesquisados, que é de 19 horas.

Esse resultado mostra o grau de sobrecarga e de intensificação do trabalho impostas ao magistério hoje. Por causa dos baixos salários, muitos professores e professoras precisam assumir duas ou até três jornadas de 20h para complementar a renda. A Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também revelou que o docente brasileiro usa até 22% mais de tempo que a média dos demais países em outras atividades da profissão, como correção de "tarefas de casa", aconselhamento e orientação de alunos.

A quantidade de horas trabalhadas no Brasil só é inferior à do Chile, onde os professores gastam quase 27 horas em aulas.

Desvalorização
Quase 90% dos professores brasileiros ouvidos pela pesquisa sentem que a profissão é desvalorizada. Dos 11 mil profissionais consultados, somente 12,6% afirmaram que se consideram valorizados. A proporção está abaixo da média internacional, de 30,9%. Apesar da falta de estímulo, 87% dos profissionais consideram-se realizados no emprego, próximo da média global de 91,1%.

A publicação também mostra que nos países em que os professores se sentem valorizados, os resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) tendem a ser melhores. Quanto à formação, mais de 90% dos professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior.

 

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