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Na Copa, discriminação e violência de Estado contra homossexuais

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Curitiba está no mapa da Copa do Mundo, que começou no dia 12 de junho. Nossa cidade receberá oito seleções para os quatro jogos que ocorrerão aqui:

Irã X Nigéria
Honduras X Equador
Austrália X Espanha
Argélia X Rússia

Entre essas oito seleções, pelo menos quatro representam países onde há opressão de Estado contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTs). As leis desses países criminalizam com prisões ou pena de morte relações consensuais entre adultos do mesmo sexo.

No Irã, há pena de morte para os homossexuais, de acordo com a lei islâmica. Na Nigéria, a pena é de 14 anos de prisão e, em alguns estados, também há pena de morte. Na Argélia, os homossexuais estão sujeitos a até dois anos de prisão e pagamento de multa.

Na Rússia, entrou em vigor em 2013 uma lei que proíbe qualquer tipo de publicidade que faça referência positiva à homossexualidade.

Estes dados são apenas uma pequena amostra da realidade de opressão contra LGBTs em todo o mundo. Em alguns lugares, são reafirmadas leis que criminalizam as relações homoafetivas e em outros o que se vê é negação de direitos como o casamento civil, algo que ocorre no Brasil. Essas informações também mostram que o Estado tem lado, sim, e não é o dos trabalhadores e dos que sofrem opressões.

Em muitos países, o Estado oprime os LGBTs com prisões e violência e em outros, como no Brasil, abre mão de programas de enfrentamento à discriminação em troca de barganhas políticas, como ocorreu com o projeto Escola sem homofobia. Este programa tinha como objetivo distribuir materiais que combatessem a homofobia nas escolas e esclarecessem sobre a diversidade sexual. Entretanto, o Escola sem homofobia foi cancelado pelo governo em troca do apoio de grupos fundamentalistas a tramitação de projetos governistas na Câmara.

Junto com o início da Copa, em junho há uma outra data que levanta a reflexão sobre a discriminação contra homossexuais em todo o mundo. No próximo dia 28 de junho se comemora o DIA DO ORGULHO LGBT, data que é marco do enfrentamento à opressão contra LGBTs. O dia relembra a Rebelião de Stonewall, onde ocorreram conflitos violentos entre a comunidade LGBT e a repressora polícia de Nova Iorque, em 1969.

Devemos lutar contra toda forma de opressão, seja ela de gênero, etnia ou orientação sexual. Essa luta é de toda a classe trabalhadora!
 

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