“Prefeito, te dou um mês, senão vai ter greve outra vez”. Foi com essa palavra de ordem que as professoras e professores de Curitiba encerraram a assembleia realizada ontem (06), no Clube Recreativo Dom Pedro II. Com a participação de quase 200 profissionais do magistério, a assembleia aprovou um calendário de mobilização para o mês de fevereiro.
Depois de um ano de muita enrolação, com reuniões e grupos que não avançaram em quase nada, o magistério decidiu que é hora de perder a paciência e aprovou em assembleia o prazo final de um mês para que a administração atenda às reivindicações da categoria. A deflagração da greve, prevista anteriormente para o dia 12 de fevereiro, foi adiada para o dia 17 de março para que a Prefeitura tenha um último mês para colocar em prática as promessas de valorização feitas durante a campanha eleitoral e nos 13 primeiros meses de gestão Fruet.
Entre as principais reivindicações do magistério estão a contratação de mais professores, garantia de avanços e manutenção de direitos na reformulação do Plano de Carreira e a composição da jornada em hora-aula.
Enquanto pressiona a administração, o magistério vai intensificar sua mobilização nas escolas para que, caso a greve seja mesmo necessária, a categoria esteja preparada para construir um movimento forte e coeso a partir do dia 17 de março.
A assembleia também analisou a primeira proposta oficial apresentada pela Prefeitura para a reformulação do Plano de Carreira e aprovou a realização de um seminário, no próximo dia 15 de fevereiro, para debater a fundo essa proposta.
É preciso lutar por novos avanços nessa reformulação, além de impedir qualquer tentativa de retrocesso. Na avaliação feita pela categoria, a proposta da Prefeitura apresenta uma tímida aceleração dos crescimentos horizontais e sinaliza ainda a ameaça de retirada de direitos, como a exclusão dos quinquênios. Clique aqui para conferir a análise da proposta.
Nenhum direito a menos, avançar rumo a novas conquistas!
Calendário de mobilização:
• 10 de fevereiro – Assembleia sobre a correção do tempo de serviço que foi desconsiderado no enquadramento do Plano de Carreira de 2001
• 10 a 14 de fevereiro – Reunião do magistério com a Prefeitura sobre a falta de professores e jornada das escolas de 6° a 9° ano
• 15 de fevereiro – Seminário e assembleia sobre o Plano de Carreira
• 17 a 21 de fevereiro – Reunião com a Prefeitura sobre a reformulação do Plano de Carreira
• 27 de fevereiro – Assembleia para deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 17 de março
• 12 de março – Conselho de Representantes
• 14 de março – Ato nos locais de trabalho (definição do caráter do ato na assembleia do dia 27/02)
• 17 de março – Início da greve por tempo indeterminado
• 17, 18 e 19 de março – Greve nacional convocada pela CNTE