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Cresce a luta contra a privatização da saúde

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Por todo o Brasil, multiplicam-se as manifestações, atos públicos e greves que tem como reivindicação central a defesa do direito à saúde. Várias categorias profissionais lutam hoje contra iniciativas que visam transferir para os empresários da saúde a gestão de hospitais e serviços médicos administrados pelo Estado.

Desde a última quinta-feira (30), os trabalhadores dos Correios de todo o Brasil estão em greve contra a tentativa, movida pela direção da Empresa, de privatizar a gestão do plano de saúde que atende hoje os 120 mil trabalhadores e seus familiares.

Nesta segunda-feira (03), os servidores estaduais da saúde realizam uma manifestação contra o Projeto de Lei 726/2013 que pretende transferir a gestão dos hospitais e unidades de saúde, que hoje é responsabilidade direta da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), para uma fundação de direito privado. Esse PL foi apresentado pelo governo em dezembro, mas a pressão dos trabalhadores conseguiu adiar a votação da proposta. Entretanto, a expectativa é que o projeto volte novamente para a pauta de votação agora, com a reabertura da Assembleia Legislativa.

A luta contra a privatização da saúde também movimenta as universidades federais. Alunos, servidores técnico-administrativos e professores estão em luta contra a proposta de desvincular os hospitais-escolas das universidades federais e submetê-los a administração de uma entidade de caráter privado, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Só em janeiro já foram realizadas manifestações em Sergipe e Minas Gerais.

São realidades e categorias profissionais diferentes, que enfrentam as consequências da implementação de um mesmo projeto político para saúde: a privatização. Através da criação de entidades com caráter privado, os governos de diferentes partidos buscam transferir para a iniciativa privada a tarefa de gerir a saúde pública. Com isso, abrem caminho para que os empresários do setor, que já administram hospitais e planos de saúde privados, ampliem sua área de atuação e transformem os serviços de saúde em mercadoria.

Infelizmente, isso não é novidade no Brasil. A privatização, que começou com a venda de empresas estatais do ramo da siderurgia, bancos e telefônicas nos anos 1990, agora atinge em cheio a saúde. Esse movimento é pautado principalmente pelos empresários do setor que vêem com ansiedade a oportunidade de controlar um mercado que só no âmbito do orçamento federal movimenta quase R$ 80 bilhões.

A entrega dos bens públicos para o capital privado mostra também qual é o verdadeiro papel do Estado. Ao invés de administrar pensando no bem do conjunto dos trabalhadores que são maioria da população, os governantes usam o Estado como balcão de negócios para a pequena parcela da população formada pelo empresariado.

O resultado da privatização, como já sabemos, prejudica diretamente os trabalhadores, que passam a pagar mais caro por um serviço de péssima qualidade.

Por isso nos solidarizamos com os trabalhadores dos Correios, os servidores estaduais da saúde, das universidades e com todos aqueles que lutam contra a privatização!

Todo apoio à luta contra a privatização da saúde!
 

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