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Câmara Municipal de Curitiba é ocupada por movimento pela reducação da passagem de ônibus

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Em Curitiba, o Dia do Professor ganhou um novo significado de resistência e luta em defesa de direitos. Ontem (15), a Câmara Municipal foi ocupada em protesto pela redução da tarifa do transporte público.

Após a audiência realizada pela CPI da URBS, integrantes da Frente de Luta pelo Transporte se reuniram em assembleia e decidiram ocupar o prédio. O movimento reivindica a redução imediata da passagem de ônibus para R$2,25, valor apontado pela auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) como o preço correto da passagem em Curitiba.

Além da redução da tarifa, o movimento de ocupação da Câmara Municipal reivindica a aprovação de um projeto de lei para aplicação do passe livre para estudantes e desempregados e exige que o prefeito Gustavo Fruet se posicione sobre as demais irregularidades levantadas pela auditoria do TCE: formação de cartel e oligopólio no transporte e sobre a anulação da licitação feita em 2010.

Daqui a pouco, às 11h, tem ato em frente na Câmara de Vereadores em apoio à ocupação. Apoie e ajude a divulgar o movimento. Se a tarifa não baixar, Curitiba vai parar!

Confira a nota escrita pelo movimento:

Pela primeira vez na história, a cidade de Curitiba vê a Câmara Municipal ocupada pelo povo!

Hoje um passo muito importante foi dado na luta pelo passe livre e pela redução da passagem de ônibus em Curitiba. A Câmara Municipal de Curitiba está ocupada pelo movimento de luta pelo transporte público.

Os 30 mil que foram às ruas em junho obrigaram a Câmara Municipal para que fosse criada uma CPI do transporte público. Essa CPI, juntamente com a investigação do Tribunal de Contas do Estado do PR, descobriu diversas irregularidades nos contratos com a URBS. Foi confirmado o que o movimento já sabia: um cartel domina o transporte público, lucrando ilegalmente em cima de nossos direitos. O prefeito Gustavo Fruet vacila e não toma uma posição a favor do povo. Com isso, a Frente de Luta pelo Transporte (FLPT) foi chamada para falar hoje, dia 15 de outubro, como informante na CPI.

Nesta sessão, falamos do histórico do movimento pelo transporte em Curitiba e apresentamos nossas perspectivas e expectativas frente às denúncias feitas pelo TCE e pela própria CPI. Expomos também nossas demandas – a anulação imediata dos contratos vigentes, a redução da tarifa para 2,25 e a implantação do Passe Livre para estudantes e desempregados – e estas foram muito bem recebidas pelos vereadores, que se prontificaram a diligenciá-las. No entanto, sabemos o papel diplomático de “amigos do povo” costumeiramente cumprido pelos parlamentares, fazendo belas promessas que nunca se cumprem.

A CPI demonstrou não fugir à regra do que geralmente acontece na “casa do povo”, produzindo discursos que não anunciavam medidas práticas. Diante dessa clara necessidade da pressão popular para que as coisas avancem, a FLPT decidiu em assembleia democrática aberta e horizontal realizada na própria câmara por iniciar a ocupação.

Reivindicamos com a ocupação que o prefeito Gustavo Fruet se posicione verdadeiramente com relação ao relatório do TCE, deixando claro se está do lado do povo ou do cartel do transporte de Curitiba, e que venha negociar com a FLPT. Exigimos também que o decreto e o projeto de lei apresentados pela Frente seja votado imediatamente na câmara dos vereadores.

Nesse momento a ocupação necessita de solidariedade de todos os movimentos sociais, como moções de apoio, notas, comidas etc. Estamos organizando também um acampamento em frente à câmara para que aumente o apoio e a pressão em cima do prefeito.

A força da luta nos trouxe até aqui. Lutamos nas ruas e chegamos à câmara. Agora na câmara, nossa luta continua! Que essa ocupação reavive o movimento e inspire a luta por todo país, para que assim conquistemos o passe livre nacional e a redução da tarifa.

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