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Prefeitura renovou, na surdina, contrato com empresa de espaços publicitários que se negou a veicular outdoor do SISMMAC

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Sismmac

Segundo matéria do jornal Plural, a Prefeitura de Curitiba renovou, na surdina, contrato com a empresa multinacional que controla mais de mil espaços de publicidade na cidade, especialmente no mobiliário urbano (pontos de ônibus, bancas de revista, pequenas placas e relógios digitais, entre outros). O fato foi divulgado pela própria empresa ao mercado publicitário em abril, porém o contrato já havia sido renovado por mais dez anos em dezembro do ano passado.

Em 2020, a Prefeitura atendeu à solicitação da empresa para revisar o contrato e não cobrar a outorga, que corresponde a 15% do faturamento repassado à prefeitura pelo uso dos espaços públicos para veiculação de publicidade de anunciantes. 

O aditivo de dezembro isentou formalmente a empresa de pagar a outorga referente ao período de março de 2020 a dezembro de 2022. Ainda segundo o jornal, entre 2003 e 2020 a Prefeitura recebeu da empresa cerca de R$ 43 milhões, metade do valor estimado inicialmente. 

Detalhe: essa mesma empresa, que obteve a concessão por mais 10 anos, recusou-se, neste ano, a veicular material de campanha do SISMMAC que mostrava o déficit de mais de 3.000 professoras na rede municipal de educação (RME). 

É aí que a relação entre o público e o privado se torna nebulosa. Afinal, a peça que o sindicato pretendia veicular não tinha nenhuma ofensa ou qualquer problema que ferisse a legislação. Foi, simplesmente, uma decisão da empresa negar a veiculação. É uma situação comum, embora questionável, quando uma empresa que foi beneficiada por um ente público decide negar algo que possa desagradar aquele que o beneficiou (neste caso, a Prefeitura). 

A mesma negativa aconteceu quando tentamos veicular o material em outdoors espalhados pela cidade, que são administrados por outras empresas que também receberam concessão da Prefeitura para cobrar pela veiculação de propaganda. 

 

Coincidências

Outra curiosidade: segundo o Jornal Plural, a concessão de 20 anos para a empresa multinacional ocorreu em 2002, na gestão de Cássio Taniguchi quando, coincidentemente ou não, foram criadas restrições para publicidade na cidade, especialmente em relação a outdoors (geridos por outras empresas), sob a justificativa da redução da poluição visual. Isso, inegavelmente, aumentou o valor dos espaços publicitários daquela empresa multinacional que estava se instalando na cidade.

 

Fonte: Sismmac

 

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