O Conselho de Representantes do SISMMAC reuniu-se nesta quinta-feira (22) para debater o Projeto de Lei da carreira do magistério, enviado pela Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC) à Câmara dos Vereadores na última sexta-feira (16), e também a organização das mobilizações e da greve da categoria, aprovada em Assembleia e que deve começar em agosto, já que o PL não entrará em regime de urgência no Legislativo.
As participantes debateram as formas de levar a luta para a rua, caso as reivindicações não sejam atendidas pelo poder público.
Análise
A direção do sindicato detalhou o conteúdo do Projeto de Lei, apresentando os principais pontos que ainda demandam luta das professoras e dos professores, especialmente quanto aos mecanismos de congelamento emergencial, afunilamento (que deixaria 80% da categoria de fora de cada procedimento de crescimento horizontal e 95% de cada crescimento vertical, o que geraria competição para progressões dentro da própria categoria), além dos riscos potenciais para quem usufruir de licenças de saúde.
Impacto
A direção do SISMMAC apresentou estudos bastante detalhados sobre os impactos financeiros, no orçamento de Curitiba, de cada procedimento de avanço na carreira, comprovando que garantir ao conjunto do magistério o crescimento profissional não colocaria em risco a estabilidade financeira do município.
Além disso, a Administração municipal tem optado por gastar recursos da educação com itens não essenciais e bolsas de projetos/programas que, inclusive, intensificam o trabalho das professoras fora da jornada de trabalho.
O sindicato também lembrou que a luta pela carreira é uma luta pela valorização e por melhores condições de trabalho para o magistério, uma vez que, segundo levantamento do SISMMAC, Curitiba ficou apenas em 12º lugar quando se trata da remuneração média por hora entre as capitais: R$ 173,95. Em primeiro lugar, está Belo Horizonte, onde o valor é quase o dobro: R$330,04.
Ato do “Pacotaço” no dia 26
A diretoria reforçou o convite para o ato público, que será realizado na próxima segunda-feira (26), às 9h, em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba, quando se completarão seis anos da aprovação do “pacotaço” de Greca. A intenção do ato é cobrar o plano de carreira do magistério, conforme os termos defendidos e aprovados pela categoria em Assembleia. Mais informações: clique aqui.
Na terça-feira, às 15h, a direção do SISMMAC se reunirá com vereadores, na Câmara, para dar continuidade às negociações sobre a carreira do magistério.
Curso de extensão
A direção também reforçou o convite para que a categoria se inscreva no curso de extensão, destinado aos profissionais da Rede Municipal de Educação e estudantes de cursos de licenciatura da UFPR. O tema é “Organização do trabalho pedagógico e os desafios no contexto da rede municipal de ensino de Curitiba”. As aulas online serão mensais. Mais informações aqui: clique aqui.
Fonte: Sismmac
