Segundo denúncia veiculada pelo APP Sindicato, o governo de Ratinho Jr. está credenciando, por meio de edital, empresários interessados na gestão terceirizada de 27 escolas públicas em nosso estado. O SISMMAC está atento à gravidade destas movimentações, que podem significar, no médio prazo, o fim da escola pública no Paraná.
A justificativa do governo estadual seria sua suposta incapacidade de gerir as 2,1 mil escolas estaduais, iniciando o credenciamento para que grupos privados, para que façam essa gestão, incluindo a contratação de professoras e professores por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS), com menos direitos e salários reduzidos.
Segundo a denúncia da APP Sindicato, não haverá licitação nesse processo e os critérios previstos no edital indicam privilégios a um “seleto grupo”. Estranhamente, isso acontece logo após as eleições para o governo estadual.
Para a diretoria do SISMMAC, esse processo é bastante perigoso, já que a terceirização abre espaço para a privatização dos serviços públicos e também afetaria de forma bastante negativa a qualidade do ensino oferecido à população, uma vez que os critérios de uma gestão administrativa, financeira e pedagógica de escolas sob comando da iniciativa privada são totalmente diferentes, priorizando sempre o lucro e outras metas que independem do desenvolvimento e dos direitos dos estudantes.
De acordo com a APP, o edital prevê a realização de uma consulta às comunidades escolares das unidades envolvidas em 29 de novembro. Até lá, serão articuladas mobilizações e, possivelmente, ações na Justiça.
O SISMMAC repudia o modelo adotado pelo governo estadual, e convoca toda o magistério municipal a se solidarizar com as colegas e com os colegas da rede estadual.
Atenção e mobilização são necessárias no momento, uma vez que o futuro da educação em nosso estado está em jogo, e pode ter reflexos futuros aqui no nosso município. Lembramos também que se a Reforma Administrativa for aprovada essa será a regra, terceirização e privatização de todo o serviço público nas áreas sociais. Por isso é urgente derrotar Bolsonaro no dia 30 de outubro.
Fonte: SISMMAC
