Celebrado em 15 de outubro, o Dia da Professora e do Professor é um momento importante de um debate que deve ser constante: qual papel das profissionais do magistério na sociedade?
Se queremos ser, de fato, um país que se preocupa em garantir o acesso universal à educação de qualidade para todas e todos, a valorização de seus profissionais, incluindo professoras e professores, é indispensável.
Por isso, precisamos fazer uma reflexão sobre o que tem acontecido com a nossa categoria nos últimos anos. Nunca sofremos com tantos ataques contra a imagem das professoras e dos professores como temos recebido nesse último período.
Setores radicais nos taxaram de coisas inomináveis, tentando jogar a opinião pública contra toda nossa categoria, o que, no caso da educação infantil, é ainda mais pernicioso, já que somos profissionais em contato direto com crianças nas séries iniciais.
Por causa deles, parte da população passou a desconfiar das nossas intenções. Nos chamam de doutrinadores, pervertidos e outras nomenclaturas, sem ter a menor ideias das condições precárias a que estamos submetidas, à precarização do trabalho, salários defasados e, no nosso caso, em Curitiba, carreira congelada há muitos anos.
Espalham fake news em quantidades avassaladoras que as autoridades não são capazes de identificar, coibir e punir seus responsáveis. Tentaram usar as mentiras para aprovar o homeschooling, usando como argumentação a falsa ideia de que colocamos estudantes em risco e que pretendemos ideologizar os alunos, como se tivéssemos tempo para isso (quem espalha essas coisas não conhece nada da rotina de uma escola).
É um projeto de destruição tão cruel, que foi reduzido, em partes, por causa do ensino remoto necessário durante a pandemia de Covid-19, quando milhões de pais e mães de todo o país conseguiram perceber o tamanho dos nossos desafios ao acompanhar um pouco mais a rotina escolar de seus filhos (dentro de casa).
Por tudo isso, nesta data, o SISMMAC parabeniza todo o magistério pela coragem, resistência e disposição para permanecer lutando e construindo a educação pública de qualidade.
Temos que pensar no futuro da nossa categoria e da educação pública. Qual magistério queremos construir e quais os desafios e ameaças teremos pela frente? Quais mudanças precisamos ter para frear essa onda de ataques, mentiras sórdidas, difamação e violência moral que passamos a enfrentar nos últimos anos?
Livros ou armas? Barbárie ou esperança? Essa escolha cabe a cada uma e cada um de nós.
Fonte: SISMMAC
