Em outubro, os brasileiros passarão por um dos processos eleitorais mais acirrados e importantes das últimas décadas. Na hora de votar, precisamos levar em consideração uma série de fatores, como as propostas, a trajetória e o partido dos candidatos e das candidatas.
Além disso, no caso de candidatos que já tenham ocupado cargos públicos, seja no Legislativo ou no Executivo, é preciso analisar como se deu a atuação destes políticos, o que fizeram, o que defenderam, como votaram.
A depender a composição do Legislativo, projetos benéficos ou prejudiciais à população e aos servidores públicos de todas as esferas podem avançar ou ser barrados.
Portanto, se queremos impedir que projetos contra o funcionalismo, não basta trocar a Presidência da República. É preciso eleger uma bancada de deputados e senadores que irão defender os nossos direitos.
Vejamos o caso da Reforma Administrativa (PEC 32/2020), apresentada pelo governo Jair Bolsonaro para destruir os serviços públicos, acabar com a instabilidade dos servidores de todas as esferas, inclusive a municipal, e transferir as responsabilidades e os recursos para empresários. Ela foi barrada graças à mobilização dos movimentos sociais e servidores, mas não foi definitivamente enterrada. Pelo contrário, Bolsonaro já avisou que, se for reeleito, fará de tudo para aprová-la, com o apoio de sua base no Congresso Nacional.
Reforma Administrativa
Caso aprovada, a PEC 32/2020 prejudicaria atuais e futuros servidores, implementando a contratação por processo seletivo simplificado com direitos reduzidos (por até 10 anos de contrato) e avaliações de desempenho sem critérios definidos para facilitar as demissões.
O texto também prevê “parcerias” com entidades privadas para a execução de serviços públicos, com empresas e empresários que poderiam aproveitar da estrutura custeada com dinheiro público para lucrar e ter vantagens em relação aos concorrentes.
A Reforma Administrativa é incerta em relação ao futuro do regime de previdência dos atuais e futuros servidores, e abre possibilidade para reduzir em até 25% as jornadas de trabalho, com a redução proporcional dos salários. Isso seria trágico para todo o funcionalismo, especialmente aqueles com salários menores ou que estão congelados há anos.
Futuros servidores não terão benefícios por tempo de serviço, como quinquênios, triênios, adicionais, licenças premiadas e férias de mais de 30 dias.
Professoras e professores serão duramente afetados. O governo só deixou de fora as carreiras com as quais acreditam que há mais alinhamento ideológico, como militares das Forças Armadas, e aquelas que não quer “provocar” como de promotores, procuradores e magistrados, além de políticos.
Como foi na Reforma da Previdência
Para evitar esse risco, precisamos eleger, em outubro, políticos compromissados com os serviços e as políticas públicas, e contrários ao seu desmonte e privatização.
Antes de votar, pesquise como foi a atuação dos candidatos que já são ou já foram parlamentares.
O SISMMAC relembra aqui os políticos de nosso estado que, em 2019, apoiaram a Reforma da Previdência e a destruição de nossas aposentadorias e nossos direitos. Um bom parâmetro de como eles se comportariam frente a uma possível volta da tramitação da Reforma Administrativa em 2023.
O projeto do governo de Jair Bolsonaro serviu de base para que a gestão Greca implementasse sua versão aqui em Curitiba, criando obstáculos para nossa aposentadoria e a taxação de 14% sobre os aposentados.
Não esqueça deles: informe-se e vote em quem defende os serviços públicos e a luta contra as desigualdades!
Votação Reforma da Previdência:
SIM | NÃO |
Aline Sleutjes | Aliel Machado |
Aroldo Martins | Enio Verri |
Boca Aberta | Gleisi Hoffmann |
Christiane de Souza Yared | Gustavo Fruet |
Diego Garcia | Luciano Ducci |
Evandro Roman | Zeca Dirceu |
Felipe Francischini | |
Filipe Barros | |
Giacobo | |
Hermes Parcianello | |
Leandre | |
Luisa Canziani | |
Luiz Nishimori | |
Luizão Goulart | |
Paulo Eduardo Martins | |
Pedro Lupion | |
Reinhold Stephanes Junior | |
Ricardo Barros | |
Rubens Bueno | |
Sargento Fahur | |
Schiavinato | |
Sergio Souza | |
Toninho Wandscheer | |
Vermelho |
Senadores
SIM:
Alvaro Dias
Flávio Arns
Oriovisto Guimarães
Fonte: SISMMAC