A classe trabalhadora italiana realiza nesta sexta-feira (12) uma greve geral de oito horas, em protesto contra as reformas trabalhistas do governo de Matteo Renzi, impostas com a desculpa de ‘tirar o país da crise’. Mais de 50 manifestações estão previstas para hoje em várias cidades italianas e, segundo os sindicatos, a adesão é de 70%.
O principal alvo dos protestos é a lei trabalhista aprovada pelo Parlamento na semana passada que permite que os novos trabalhadores sejam contratados através de contratos precários. A Lei do Emprego – que antes garantia estabilidade nas empresas que possuem mais de 15 trabalhadores –, agora facilita demissões e reduz direitos dos trabalhadores nos primeiros anos de contrato.
A taxa de desemprego entre a faixa etária de 15 a 25 anos no país é de 47%. Com essa medida, o governo se coloca ao lado dos empresários, permitindo que juventude seja mais explorada e tenha direitos retirados, dividindo e enfraquecendo a luta do conjunto da classe trabalhadora italiana. Trata-se de mais uma estratégia para empurrar para os trabalhadores os prejuízos de uma crise que é responsabilidade dos capitalistas!
GREVES GERAIS
Na Bélgica, os trabalhadores realizaram uma greve geral no dia 8 dezembro. O movimento paralisou as regiões de Bruxelas e Brabante Valão, em protesto contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo governo. Os trabalhadores belgas lutam contra o aumento da idade para a aposentadoria, alterações no regime das pensões e redução de salários.
Na Grécia, a quinta greve geral do ano contra as medidas de ajuste do governo de Antonis Samaras aconteceu no dia 6 de novembro. O protesto foi dirigido contra uma série de medidas aprovadas pelo governo, como os cortes nos direitos trabalhistas, a abolição de fato dos convênios coletivos, a demissão ou mudança forçada de funcionários e a privatização de empresas públicas.
