Em assembleia realizada na manhã dessa terça-feira (15), as professoras e professores municipais de Recife aprovaram por unanimidade a deflagração da greve, que teve início no mesmo dia com uma passeata pelo centro da cidade. Segundo o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), mais de dois mil professores estiveram presentes na assembleia.
Assim como ocorre conosco em Curitiba, a principal reivindicação que impulsiona a greve na capital pernambucana é a reformulação do Plano de Carreira. A categoria reivindica que a Prefeitura respeite o processo de negociação e encaminhe para a Câmara Municipal a proposta que foi aprovada pela comissão paritária formada por representantes da administração municipal e do sindicato.
Ao longo de 2013, essa comissão analisou e elaborou um projeto de Plano de Carreira que atendia as reivindicações do magistério. Entretanto, a Prefeitura não encaminhou a proposta para a Câmara Municipal e formou uma nova comissão para reanalisar o PCCR com o objetivo de implementar uma Avaliação de Desempenho para Progressão Funcional, mecanismo baseado na meritocracia que estimula a competição entre os profissionais do magistério.
A implementação dos 33,33% de hora-atividade, conhecida como aula-atividade em Recife, é outra reivindicação central do movimento. Com o objetivo de dividir a categoria, a Prefeitura tem orientando que os profissionais optem pela aula-atividade (com diminuição do tempo de interação com aluno) ou então pela reversão deste tempo em abono salarial. Na avaliação das professoras e professores recifenses, com essa iniciativa a administração municipal tenta se aproveitar dos baixos salários pago ao magistério para continuar adiando o cumprimento da Lei do Piso e para descumprir o acordo assinado com o sindicato a respeito da implementação integral dos 33,33% de hora-atividade.
O magistério de Curitiba se solidariza com as reivindicações das professoras e professores recifenses! As reivindicações são as mesmas pelas quais nos mobilizamos no Paraná e representam melhores condições de trabalho e valorização para os profissionais da educação. A luta contra a meritocracia e por um Plano de Carreira que valorize o tempo de serviço e a formação continuada é peça fundamental para avançarmos na melhoria da qualidade da educação que é ofertada para as filhas e filhos dos trabalhadores do nosso país.
