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Nota: RPC é tendenciosa em matéria sobre deficit de aprendizagem

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Em matéria veiculada no dia 8 de março, a Rede Paranaense de
Comunicação (RPC), afiliada da Rede Globo, abordou problemas relacionados à
aprendizagem dos alunos da Rede Municipal de Educação (RME) de Curitiba, em
decorrência da pandemia de Covid-19. A matéria foi bastante superficial na
abordagem e também apresentou falhas graves na edição.

Diante disso, o
SISMMAC vem a público esclarecer que grande parte das dificuldades estão
relacionados à problemas de gestão, por parte da Secretaria Municipal de Educação,
que não teve ações concretas para atender os estudantes que ficaram quase dois
anos em aulas remotas, e que o ano letivo de 2022 iniciou sem levar em conta a
defasagem na aprendizagem dos estudantes. De fato, a SME não apresenta um plano
de ação escolar pós-pandemia.

Os Cadernos de Transição abordados na matéria foram
elaborados pela SME sem a participação dos professores, foram preparados como
suporte para as videoaulas, sendo eles um material de apoio ao professor.
Nenhum aluno recebeu material diferenciado.

A SME transfere
exclusivamente para os profissionais da educação a responsabilidade quanto à
busca por soluções para os problemas na aprendizagem, decorrentes da pandemia.
Mas qual é a realidade da Rede Municipal?

Estamos com deficit de mais de 2.000 profissionais do
magistério no início de 2022. Após um mês de aulas transcorridas, ainda faltam
profissionais nas unidades.

Professoras corregentes, que deveriam atender os alunos de
forma conjunta às regentes, estão assumindo turmas e esse trabalho de apoio aos
estudantes, não está sendo efetivado em muitas escolas.

Essa falta de profissionais, que evidencia a ausência de
planejamento da gestão para o início do ano letivo de 2022, também faz com que
as professoras percam os 33% de hora-atividade, o que compromete o planejamento
das atividades com os estudantes.

Nos Centros de Educação Infantil (CMEIS), que atendem as
crianças de zero a cinco anos, os 33% de hora-atividade, que são lei federal,
não estão sendo cumpridos.

Não há profissionais de apoio para atender os estudantes de
inclusão (estão em chamamento para contratação de estagiários de Pedagogia), o
que, na visão do Ministério Público, é uma irregularidade. A Prefeitura
Municipal de Curitiba (PMC) está respondendo a uma ação civil pública por
contratar estagiários para o apoio aos alunos de inclusão, uma vez que a função
precisa ser exercida por um profissional já habilitado.

Nas unidades educacionais, faltam também profissionais que
atuam como inspetores e secretários escolares. Embora a PMC tenha anunciado a
realização de concurso público para 2022, o ano letivo iniciou com um deficit
imenso de profissionais, que não foi totalmente suprido por RITs (dobra de
jornada de quem já é concursado) e PSSs.

Há número excessivo de estudantes por turma (já denunciado
pelo Sismmac). Resolver isso é imprescindível para que a professora consiga
atender aos diferentes níveis de aprendizagem, cujas diferenças ficaram ainda
mais acentuadas pela pandemia.

Na segunda-feira, dia 14, o SISMMAC terá uma audiência com a
SME e abordará os problemas mencionados, além do Decreto 1968/21, que trata da descrição
das atribuições dos profissionais do magistério, que também tem gerado
transtornos nas unidades escolares.

Fonte: SISMMAC

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