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8M: Que as flores venham acompanhadas de valorização e igualdade

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Apesar dos
avanços conquistados pelas mulheres nas últimas décadas, como o direito a voto,
maior participação política e mais direitos trabalhistas, ainda hoje elas
enfrentam desafios imensos para conseguir reconhecimento e valorização.

A chegada do
Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, deve servir para reforçar
essa luta por mudanças em nossa sociedade. Para as mulheres trabalhadoras no
magistério, ainda há muitas desigualdades a serem superadas.

Presentes em cada vez mais
profissões e atuantes em praticamente todas as áreas da sociedade, as mulheres são penalizadas com a
dupla jornada e menores salários, mesmo fazendo as mesmas atividades e desempenhando
as mesmas funções que os homens. Estudos comprovam que, apesar de
avanços, ainda há muita luta para as mulheres alcançarem a igualdade de
direitos e reconhecimento em uma situação que carrega o machismo como uma das
suas principais heranças.

Isso reflete diretamente na área da
educação.

O Brasil é um
país de professoras: segundo dados do Censo Escolar de 2021, elas representam
81% entre docentes escolares. Na educação infantil são 96% e no fundamental 1 e
2 elas representam 88% e 67% do corpo docente.

E não é
coincidência que nesses níveis de ensino estejam os salários mais baixos em
comparação aos salários no ensino médio e universitário, onde a presença
masculina aumenta gradativamente.

A responsabilidade sobre os afazeres
domésticos ainda recai somente sobre as mulheres que, mesmo trabalhando fora,
dedicam mais tempo para a atividade. Com a pandemia, as professoras acumularam mais
funções quando o trabalho entrou em casa.

Da mesma forma, a carga mental que
as mulheres enfrentaram não reduziu, mas sim, aumentou muito. Além do sustento
da família e das tarefas domésticas, muitas mulheres também se tornaram
cuidadoras de suas famílias (especialmente dos filhos e das pessoas mais
idosas, que são as mais vulneráveis para desenvolver as formas mais graves da
Covid-19).


Pandemia aprofundou a desigualdade de gênero

Antes da pandemia, as mulheres
gastavam cerca de 20 horas semanais no trabalho doméstico, de acordo com o
IBGE. Em contraposição, os homens não chegavam à metade do tempo. Durante a
pandemia, a pesquisa denominada Pais em
Casa
mostrou que 63% das mulheres gastam mais de
3h diárias no cuidado da casa,
enquanto apenas 37% dos
homens dizem gastar o mesmo.


Historicamente,
em nossa sociedade, a desigualdade entre gêneros sempre existiu e isso se
reflete também no ambiente de trabalho. A desvalorização das profissionais da
educação e o machismo estrutural são tão normalizados por alguns setores que
políticos radicais espalharam a mentira de que professoras “não estavam trabalhando
durante a pandemia”.

Eles
simplesmente ignoraram o fato de que para a imensa maioria das professoras o
trabalho se multiplicou, assim como o desgaste físico e mental. Inclusive,
aproveitando-se das limitações decorrentes da pandemia, esses mesmos políticos
impuseram perdas de direitos às servidoras e aos servidores.

Diante dessa
realidade ainda tão desigual, é importante a união de todas, para não deixarmos
que conquistas sejam perdidas. Precisamos avançar na construção de uma
sociedade que garanta condições mais dignas para as mulheres trabalhadoras.


Queremos reconhecimento e valorização
profissional

Que não sejamos
mais homenageadas com flores sem que estas sejam acompanhadas de reconhecimento
e valorização. Queremos melhores salários e condições dignas de trabalho, além
de respeito e igualdade de direitos e de oportunidades.

O dia 8 de
março, apesar da apropriação por setores do empresariado, surgiu devido à luta
de mulheres trabalhadoras no passado.

Por isso, devemos sempre lembrar que sem luta,
não há vitória. Sem união, não há conquistas. É dia de comemoração por nossa
força e existência, e é dia de reconhecer nossas conquistas e o poder das
nossas lutas.
Fonte: SISMMAC

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