A
política do desgoverno Greca de desmonte dos serviços públicos tem
impactado a vida dos servidores municipais em diversos aspectos. O
Instituto Curitiba de Saúde (ICS) é uma das vítimas da política
de desmonte e de precarização do desgoverno.
Na
última reunião do Conselho de Administração do ICS,
no dia 21 de outubro,
os conselheiros tiveram acesso à informação de que o instituto foi
notificado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) por não ter o
valor em caixa exigido para planos de saúde.
Diante
do rombo, que reflete o descaso com a saúde financeira da
Instituição dos servidores, o presidente do conselho de
administração do ICS e secretário de Administração e de Gestão
de Pessoal, Alexandre Jarschel de Oliveira, solicitou um aporte para
a Prefeitura de R$ 68 milhões para cobrir o rombo no instituto.
No
entanto, a gestão já sinalizou que o aporte será de R$ 50 milhões,
insuficiente para cobrir o rombo de imediato e menos ainda para
resolver os problemas do Instituto. O tema será votado em regime de
urgência na Câmara Municipal na sessão desta terça-feira (26).
Só
que os pedidos de repasse feitos à Prefeitura só mascaram o
verdadeiro problema, causado por uma política de precarização dos
serviços públicos que resulta no subfinanciamento do ICS. Esse foi
o ponto defendido pela conselheira que representa os sindicatos na
reunião do conselho, que destacou como a saúde financeira do
instituto está diretamente relacionada ao arrocho salarial, já que
há cinco anos os trabalhadores não têm aumento real, devido
ao congelamento dos planos de carreira, à falta de concurso
público e agora à redução salarial com a suspensão do reajuste
de 3,14%¨concedido em 2020. Na visão dos Sindicatos, é necessário
resgatar a valorização dos servidores.
Confrontado
com a responsabilidade da política de Greca com relação ao rombo
no ICS, o secretário chegou a se exaltar com a representante dos
trabalhadores. Infelizmente, esse não foi um caso isolado, já que
no dia 13 de
outubro o mesmo secretário agiu de forma
truculenta em reunião de negociação com os sindicatos
e partiu para agressão contra dirigentes dos sindicatos.
Política
de desmonte
Os
usuários do ICS sabem que os problemas no Instituto não vêm de
hoje e não serão solucionados com esse aporte. Além dessa
notificação da ANS, os sindicatos já denunciaram o
descredenciamento de médicos e serviços, a dificuldade para
conseguir agendar consultas e problemas na própria estrutura do
prédio.
Quem
acaba pagando a conta pelo desmonte praticado pela gestão é sempre
o servidor. Em junho deste ano, os servidores já sofreram com o
aumento da contribuição ao ICS em valores que vão de 5,20% para os
planos Dependentes (18 a 33 anos) e para o plano Saúde Servidor
Apartamento o aumento chega à 45,67% (valor incide sobre o adicional
referente à acomodação apartamento).
Isso
é resultado de ter o ICS atuando de acordo com as lógicas de
mercado, o que significa que os servidores precisam pagar o preço de
mercado de qualquer outro plano de saúde para incluir seus
dependentes. Mesmo assim, o rombo continua.
Esse
é mais um resultado dos constantes ataques que Greca lança contra o
ICS ao longo dos anos. O descaso com o ICS é uma escolha política
de uma gestão que pouco se importa com a saúde dos trabalhadores.