• Home
  • »
  • Notícias
  • »
  • Segurança alimentar dos alunos precisa ser garantida durante pandemia

Segurança alimentar dos alunos precisa ser garantida durante pandemia

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20210311_cae

O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) se reuniu na tarde dessa terça-feira (9) e os conselheiros que representam o SISMMAC e o SISMUC denunciaram a redução nos kits que foram distribuídos para as famílias e também a postura da administração em justificar o aumento calórico nos alimentos entregues.

A própria gerência da alimentação escolar assumiu que é a composição nutricional dos alimentos que deve ser considerada na escolha dos produtos que serão entregues para crianças e suas famílias.

Para além disso, os sindicatos questionaram a falta de discussão em relação à redução de alimentos feita pela Prefeitura – este é um debate que precisa passar pelo CAE -, a falta dos alimentos oriundos da agricultura familiar e a confusão gerada na entrega devido a escolha do ensino híbrido e remoto. A representante do segmento dos pais também alertou que os alunos do ensino integral, que fazem todas as refeições na unidade, foram ainda mais prejudicados pelo último kit, já que em relação ao que vinham recebendo e o que consumiam na unidade, a redução foi drástica.

De acordo com a Prefeitura, devido à suspensão das aulas novamente, os próximos kits a serem distribuídos seguirão o modelo dos que foram entregues em 2020 e voltarão a contar com alimentos perecíveis da agricultura familiar. A próxima distribuição deve ocorrer a partir do dia 25 de março, segundo o que foi relatado na reunião do CAE.

Garantir a alimentação dos estudantes matriculados na rede é uma obrigação da gestão Greca e precisa ser eficiente durante a pandemia.

Faltam EPIs para distribuição dos kits

Ao ser questionada, a chefe do departamento de logística da Prefeitura afirmou que todas as unidades receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e máscaras com certificado de qualidade.

Entretanto, as direções do SISMMAC e do SISMUC receberam diversas denúncias que acusam a falta do EPI ou a má qualidade do material. Além disso, recebemos denúncias de termômetros que não funcionam. Os sindicatos solicitaram a cópia do laudo que atesta a qualidade dos EPIs fornecidos pela gestão.

Segundo a administração, o fundo rotativo das unidades pode ser usado para compra de produto de limpeza, álcool em gel e demais materiais necessários e que, em caso de problema com os EPIs, a gestão deve ser notificada. Segundo a administração, o fundo rotativo das unidades pode ser usado para compra de produto de limpeza, álcool em gel e demais materiais necessários e que, em caso de problema com os EPIs, a gestão deve ser notificada. O que a gestão não entende é que as verbas das unidades são insuficientes para dar conta de mais esse gasto! Por isso, os sindicatos cobram que é a mantenedora quem deve fornecer todas as medidas de segurança e proteção para escolas e CMEIs.

Os representantes dos trabalhadores também reivindicaram uma redução no número de servidores convocados para a distribuição dos kits, para evitar aglomerações no auge da pandemia.

Prestação de contas aprovada com ressalvas

O parecer sobre a prestação de contas da alimentação escolar de 2019 foi aprovado com ressalvas em reunião extraordinária do CAE no final de fevereiro.

Isso porque existem várias inconformidades em relação ao que deveria estar sendo feito e o que realmente é executado no município. Entre elas está a meta de destinar 30% dos recursos da alimentação para a agricultura familiar, algo que não ocorre em Curitiba, e o fato de nem todas as unidades possuírem refeitórios. O mesmo ocorreu em relação à prestação de contas de 2018.

A Prefeitura de Curitiba tem feito autopropaganda como a única cidade entre todas da região metropolitana que distribuiu kit alimentação para os alunos em 2021, quando, na verdade, não tem feito mais do que a obrigação ao garantir a segurança alimentar dos estudantes.

Entre 2009 e 2019, a média dos recursos da alimentação escolar que foram destinados à agricultura familiar foi de apenas 9,8%, quando o correto seria destinar 30% dos recursos para esses alimentos. Mas dessa informação, a gestão Greca não faz propaganda, não é mesmo!? A administração de Curitiba precisa ser transparente nas informações que disponibiliza para as famílias! E a alimentação que foi distribuída para os alunos no último mês precisa ser melhorada!

Posts Relacionados