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Em quase um ano, Curitiba atinge marca de 3 mil mortes

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20210304_3milmortes

DESGOVERNADA

DESCONTROLADA

QUEM SÃO OS
RESPONSÁVEIS PELAS MORTES?

Às vésperas de completar um ano do primeiro caso confirmado
em Curitiba, a cidade registra o triste número de 3 mil mortos.

Para ter uma ideia do que esse número representa: somadas, as maiores tragédias vividas no
Brasil no século XXI não atingem esse número de vítimas
(veja imagem
abaixo). É como se Curitiba tivesse vivido em um único ano 11 vezes a
tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho-MG, que deixou 270 mortos. Ou
então, como se vivêssemos a cada mês uma perda semelhante ao incêndio da Boate
Kiss, que matou 242 pessoas em Santa Maria-RS.

Covid-19 em Curitiba – 3 mil
mortos em um único ano

No Brasil, são quase 260 mil mortes, segundo os números oficiais. Infelizmente, especialistas
afirmam que este número pode, na verdade, ser o dobro, de acordo com estudo
realizado pela Universidade de São Paulo.

Os números entristecem e levantam o questionamento: o que
faz com que nossos números sejam tão altos?
A doença possui uma taxa de
mortalidade de 0,5% e 1%, de acordo com especialistas ao redor do mundo. Em
Curitiba, a letalidade é de 2,1%, de acordo com dados da Secretaria Municipal
de Saúde. Ou seja, a explicação não é apenas a mortalidade da doença, mas sim,
como ela vem sendo manejada em Curitiba – e no Brasil.

O descontrole no número de casos em Curitiba, por exemplo,
já vem de tempos. Em dezembro chegamos a 14 mil casos ativos – isso sem contar
os que não são notificados – e o número de mortes chegou a 27 em um dia. E
agora, meses depois, a situação se repete, os números não param de subir e o quantidade
de mortos já é de quase 20 pessoas por dia novamente.

Em dezembro nós vivemos a ressaca das eleições, quando Greca
e os demais comparsas fingiram não haver pandemia para garantir sua reeleição e
o número de casos não parava de aumentar. Agora, no início do ano, vivemos mais
uma vez a falta de medidas efetivas de controle da pandemia e, dessa vez,
depois de brincar com a vida dos trabalhadores, a administração tenta colocar a
culpa única e exclusivamente na população.

Mas a verdade é que o colapso da saúde já era anunciado,
e cabe à gestão ser responsabilizada pelas vidas perdidas.
Não é de hoje
que temos visto e ouvido histórias de lugares que têm passado por colapsos na
saúde, vimos, por exemplo, acontecer em Manaus, onde além da falta de leitos, faltou
oxigênio. E agora, por causa da irresponsabilidade dos governos, vemos
acontecer um colapso em mais nove estados brasileiros, incluindo o Paraná.

Em Curitiba, a atual administração seguiu o decreto estadual e fechou, ao menos
temporariamente, os serviços não essenciais, mas basta olhar um pouco
mais de perto para ver que a população continua nas ruas, afinal de contas,
nada foi feito para manter os trabalhadores seguros em suas casas. Não existe
subsídio por parte do desgoverno e são pouquíssimos os esforços para
minimamente manter a população alimentada. A escolha dos trabalhadores tem
sido se colocar em risco saindo de casa ou morrer de fome. E isso, não é bem
uma escolha.
Greca e sua equipe de saúde, finanças, sua bancada aliada de
vereadores e tantos outros, impõem à população trabalhadora da cidade a
necessidade de se colocar em risco para sobreviver.

No Brasil, a situação é ainda mais desesperadora. O auxílio emergencial,
que havia mantido a população viva em meio ao caos da pandemia, acabou. São
mais de 13 milhões de desempregados e 33 milhões de trabalhadores informais.
Sem o auxílio emergencial, torna-se impossível sobreviver. A falta de
perspectivas produz a necessidade de se colocar em risco nas ruas para
conseguir ganhar o mínimo necessário para o sustento das famílias.

Não podemos esquecer que a
matança da população trabalhadora está na conta do Estado!

A forma desgovernada como a pandemia vem evoluindo no
país tem nome e sobrenome, que devem ser ditos e responsabilizados.

No caso de Curitiba, Rafael Greca tem sido o
responsável por manter o empresariado feliz às custas da vida dos trabalhadores,
deixou faltar Equipamentos de Proteção Individual, desvalorizou os trabalhadores
da linha de frente, deixou de construir hospitais de campanha e agora, mais
recentemente, reabriu as unidades escolares.

No Paraná, Ratinho Junior, fez o mesmo que Greca e
sem o mínimo apego à vida da população, reabriu as escolas e com um discurso
bonito sobre o lockdown, não deu subsídio nenhum aos trabalhadores. Ratinho é
responsável pela matança da classe trabalhadora no Paraná.

E no Brasil, o atual presidente Jair Bolsonaro é o
responsável pela morte da população. Esse, além de aplicar um auxílio
emergência de miséria para os trabalhadores, ainda reduziu o valor e retirou o auxílio
no fim de 2020. Além, disso, negou e continua negando a situação da pandemia
produzindo discursos inacreditáveis e desencorajando a população a tomar a
vacina ou usar máscara.

Os responsáveis pela gestão da
pandemia no país não se importam com as nossas vidas. Diante disso, o que
fazer? É necessário cobrar através da luta para que os trabalhadores possam
permanecer vivos. É na capacidade de mobilização que está a força da classe
trabalhadora e é essa mobilização que precisamos construir.

Em Curitiba, não podemos deixar o retorno presencial das
aulas acontecer enquanto a saúde colapsa e os trabalhadores da linha de frente
e a população morrem.
E em nível federal, é preciso impedir que o governo
de extermínio de Bolsonaro possa avançar, é preciso lutar para que os trabalhadores
possam estar seguros em momentos em que a pandemia avança.

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