Em época de campanha eleitoral, Greca se faz de bom moço e usa discurso bonito para agradar seu eleitorado. Mas, as servidoras e os servidores municipais não se esquecem de todos os ataques e por isso não votam no desprefeito.
Mas, os ataques de Greca aos servidores e aos usuários dos serviços públicos não estão restritos ao pacotaço. Eles acontecem todos os dias com a precarização dos serviços públicos, o avanço da terceirização, as péssimas condições de trabalho e o assédio moral por parte das chefias.
Durante a pandemia, essas situações se tornaram ainda piores, já que a gestão falhou em garantir as condições básicas de segurança para servidores e servidoras que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus. O resultado, infelizmente, foram vidas de servidores perdidas diante da Covid-19.
E, se para os servidores e para os usuários do serviço público faltaram condições e cuidado, sobrou agrado para os empresários do serviço público. Se faltou vontade desde o início da pandemia para resolver as denúncias dos servidores quanto à falta de medidas de proteção ou de EPIs inadequados, sobrou boa vontade para socorrer empresas de ônibus, fazer propaganda e torrar dinheiro público em asfalto. Como se o asfalto curasse o coronavírus ou ajudasse a socorrer famílias que passam necessidade em decorrência da crise do coronavírus.
É claro que as dificuldades enfrentadas em Curitiba durante a pandemia são fruto também dos desmontes dos serviços públicos que ocorrem desde o início da sua gestão.A terceirização das UPAs é um exemplo disso, a sede de Greca em economizar no atendimento emergencial em saúde para torrar em asfalto e propaganda, prejudicou a estrutura das unidades. Além disso, com a falta de concursos públicos, a falta de servidores já era uma realidade antes mesmo do coronavírus.
E não foi só na saúde que esse desmonte aconteceu: nas escolas e CMEIs, por exemplo, a falta de professores auxiliares de serviços escolares e assistentes administrativos faz com que os trabalhadores da educação atuem sobrecarregados.E essa é uma realidade que se repete em todas as áreas da Prefeitura de Curitiba.
Só que agora, às vésperas da eleição, Greca faz de conta que nada disso aconteceu. Recentemente, inclusive, em entrevista ele disse que não mudaria nada nas estratégias de combate ao coronavírus. Esse é o valor que o desprefeito dá às vidas perdidas para a doença: não teria feito nada que pudesse salvar essas pessoas.