FAS segue sem medidas de proteção à vida dos trabalhadores

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Mesmo com casos crescentes de servidores contaminados com Covid-19, inclusive com caso de óbito, a direção da Fundação de Assistência Social (FAS) não tem adotado medidas sanitárias adequadas para proteção da vida dos trabalhadores. Nesta semana, o SISMUC recebeu denúncias de duas unidades de atendimento que exemplificam o descaso da gestão com os servidores que estão na linha de frente no enfrentamento da pandemia.

Um usuário que estava doente, com suspeita de Covid-19, foi encaminhado para a Unidade de Acolhimento Institucional (UAI) Cajuru, local onde não há espaço adequado para isolamento. A situação era tão grave que foi necessário chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que constatou que a situação requeria atendimento médico. A UAI Cajuru é um dos poucos equipamentos da FAS onde ainda não foi registrado caso de servidor com Coronavírus. Mas, levar um caso suspeito para o ambiente, coloca todos em risco de contaminação, considerando que a gestão não tem fornecido os equipamentos de proteção individual adequados e em quantidade suficiente, além da limpeza insuficiente dos locais de trabalho, devido à falta de profissionais.

Outra denúncia vem do abrigo emergencial Santo Expedito, inaugurado em julho para acolher exclusivamente homens em situação de rua com Covid-19, conforme notícia veiculada pela própria gestão. Porém, o local vem recebendo homens e mulheres, o que contraria as normas da própria FAS, que mantém abrigos diferentes para homens e mulheres.

#@txt1516@#São situações que colocam em risco tanto os servidores quanto outros usuários acolhidos nos equipamentos. Conforme as denúncias, a própria direção do Departamento de Pessoas em Situação de Rua (DSPR) da FAS é conivente com esses casos, já que vem dela a orientação para as ações tomadas. É uma irresponsabilidade da gestão!

A falta de vagas para atender a população em situação de rua vem se agravando nos últimos anos, sem investimento da gestão para melhorar a estrutura de atendimento. Mas, com a pandemia, a situação está ainda pior, pois o acolhimento não tem sido apenas de pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas também pessoas adoecidas, que precisam que atendimento especializado da área de saúde.

Os sindicatos seguem acompanhando e cobrando para que a FAS e a Prefeitura garantam condições adequadas de trabalho. Não podemos permitir que a pandemia seja desculpa para ataques aos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores.

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