Quem Te Viu, Quem Te Vê – Josenilce Bueno Lopes

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20181101_apojosenilce

A professora aposentada Josenilce Bueno Lopes se formou
em pedagogia na UFPR e iniciou sua carreira na rede municipal de Curitiba em
1976. Em 35 anos na ativa, passou por várias escolas como E.M. São Miguel,
Irati, Nova Esperança, Cia Norte (atualmente CEI Adriano Robine), Omar Sabbag e
Eneas Marques.

Para Josenilce, a qualidade das
equipes com quem trabalhou (incluindo diretores, inspetores e corpo docente)
foi fundamental para o crescimento profissional dela, principalmente nas
unidades Omar Sabbag e Eneas Marques, locais onde dedicou boa parte da carreira.
“A gestão democrática e a dedicação dos profissionais à minha volta fez toda a
diferença na minha formação como professora. Nesses ambientes eu aprendi que,
quando há amor à profissão e disposição para entender diferentes realidades
sociais, o professor se torna um grande sacerdote para auxiliar os alunos na
jornada educacional deles”, afirma.

E para garantir a qualidade de ensino, ela sempre
procurou ser atuante junto ao SISMMAC, mesmo quando não concordava com a
ideologia da direção à frente do Sindicato. Josenilce diz que somente após a
desfiliação da CUT passou a se identificar mais com os princípios que o SISMMAC
vem construindo. “A entidade é maior que qualquer grupo que possa permeá-la.
Uma categoria que não tem uma entidade classista para representá-la não tem
tanta força para lutar contra injustiças”.

Para exemplificar algumas das injustiças que a categoria
enfrenta, a professora menciona a falta de investimento na educação e a
desvalorização do professor. De acordo
com Josenilce, quando o professor é desvalorizado, tanto a qualidade de vida
dele quanto a do ensino no município são gravemente prejudicados. “O ideal é um
país que invista em educação, mas infelizmente esse não é o cenário em que
vivemos. Só com muita luta para ver isso mudar”, diz.

Josenilce também foi atuante em atos da categoria, e
lembra de duas greves que foram mais marcantes para ela. A primeira foi em
1985, quando a pressão das professoras e professores da rede conquistou a
aprovação do Estatuto do Magistério Municipal; Já a segunda foi a desgastante
greve de 40 dias, durante a gestão de Roberto Requião.

Atualmente, Josenilce se sente
realizada profissionalmente. Além de sentir que contribuiu com a mobilização da
categoria, realizou um projeto de orientação educacional em Goiás, participa
ativamente do Coletivo de Aposentados do SISMMAC e ainda investe em atualização
constante. “Nós que já nos aposentamos precisamos servir de exemplo para quem
ainda está na ativa não esmorecer diante de tanta retirada de direitos”.

Posts Relacionados