Muitas professoras e professores devem ter se surpreendido ao ver a contracapa do carnê do IPTU desse ano e encontrar mais uma propaganda da Prefeitura sobre a educação. Ano eleitoral, sabem como é! Mas não podemos nos deixar enganar pela administração municipal.
Além de ter sofrido o reajuste da inflação, que foi de 10,48% no período que compreende dezembro de 2014 e novembro de 2015, o IPTU teve aumento real de 4%, previstos na Lei complementar 91/2014. Ou seja, as trabalhadoras e trabalhadores de Curitiba amargam um reajuste de 14,48% no imposto.
Precisamos mostrar para o conjunto da comunidade quais são as reais prioridades da administração de Gustavo Fruet e deixar claro que elas não servem aos interesses da classe trabalhadora, mas sim, aos dos empresários.
Fruet não cumpriu com a promessa de campanha na qual afirmava que a educação seria a prioridade do seu mandato, a “menina dos olhos” de sua gestão. Em 2012, durante a campanha eleitoral, Fruet havia prometido investir 30% do orçamento em educação pública logo no primeiro ano de gestão.
Quando assumiu, disse que não era bem assim, e que os 30% seriam atingidos no quarto ano de mandato. Foram promessas e mais promessas, mas os números estão bem aquém das nossas necessidades no chão da escola, nos CMEIs e nos CMAEs. E agora, o prefeito Gustavo Fruet vai usar a educação, mais uma vez, para a sua reeleição.
Em 2013, no primeiro ano de mandato de Fruet, o investimento foi de míseros 26,5%. No ano seguinte, em 2014, esse número subiu pouco e foi de 26,5%. No ano passado, o investimento foi de 27,9%.
O investimento de 30% do orçamento para a educação pública é uma reivindicação histórica das professoras e professores, que sofrem com péssimas condições de trabalho na rede municipal de Curitiba e não um presente do prefeito.
