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Sismmac completa 20 anos de lutas em defesa do magistério

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Em 5 de outubro a Constituição Federal completou 20 anos. Um dos principais avanços assegurados para os servidores públicos foi o direito de se organizar em sindicatos.

Até então vigia a estrutura sindical criada na ditadura do Estado Novo, 50 anos antes. Era centralizada, corporativa e proibida a sindicalização do funcionalismo.

No setor público existiam apenas associações. Muitas eram apenas assistenciais. Outras priorizavam a luta dos servidores por seus direitos.

O magistério de Curitiba criou em 1971 a APMC – Associação dos Professores Municipais de Curitiba. Sua vida foi curta. Funcionou somente até 1973, no período mais repressor da ditadura militar. Fiel aos ditadores, o prefeito biônico Jaime Lerner reprimiu a organização dos trabalhadores e a associação sucumbiu.

Foi durante a ditadura que os trabalhadores passaram a questionar o modelo sindical, que permitia a ingerência do governo.

Retomaram as mobilizações. Fizeram greves. Voltaram a se organizar e foram fundamentais para o fim da ditadura.

Nessa conjuntura, os professores criaram sua segunda associação. Em 1979 fundaram a AMMC (Associação do Magistério Municipal de Curitiba).

Como trabalhadores de todo o Brasil, mobilizaram-se. Em 1980, aderiram ao Dia Nacional de Luta pela Educação e participaram de ato público no centro de Curitiba. Foi a primeira paralisação e a primeira manifestação de rua.

O período de redemocratização do Brasil foi de muitas lutas e avanços. Em 1983, ocorrem as primeiras eleições diretas para diretores das escolas municipais.

Dois anos depois a categoria conquistou o Estatuto do Magistério, com o pagamento pela maior habilitação. Em 1987, fez greve de 47 dias.

Quando a Constituição foi promulgada, o magistério já se constituía numa categoria organizada e de luta. Por isto, bastaram 22 dias de vigência da nova Carta para que ocorresse a assembléia que extinguiu a AMMC e fundou o Sismmac, em 27 de outubro de 1988.

O novo momento coincidiu com a ofensiva neoliberal, que chamou todos os servidores públicos de marajás, abrindo campo para o corte de direitos.

Lerner voltou à Prefeitura de Curitiba, agora eleito. Expoente da onda neoliberal, atacou o Estatuto do Magistério e acabou com o pagamento pela maior habilitação.

Também instrumentalizou a oposição, que ganhou as eleições sindicais de 1992. Foi um período de dura provação, com o sindicato submetido aos interesses da Prefeitura.

Mas a categoria não permitiu a submissão por muito tempo. Em 1993, em assembléia com mais de 600 professores foi destituída direção sindical comandada por Vilson Benedito. Uma junta encaminhou novas eleições.

Mas os ataques continuaram. Em 1996, Greca cassou as liberações da direção do Sismmac, que foram revertidas.

O magistério municipal manteve-se firme e enfrentou os duros anos neoliberais. Resistiu, lutou, avançou e obteve muitas conquistas.

Nos anos recentes também fez fortes mobilizações e avançou na promoção do debate pedagógico, com o lançamento da Revista Chão da Escola.

Hoje o Sismmac é uma referência de luta e democracia. Sua história é construída com a participação e união do magistério municipal.

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