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Escolas sofrem com falta de profissionais em nova onda de Covid-19

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Por causa da falta de concursos públicos para contratação de
professoras e professores, as escolas da rede municipal de Curitiba há tempos
vêm encarando os problemas decorrentes da falta de profissionais, situação que
se agravou ainda mais por causa da pandemia de Covid-19.

E por mais que a gestão municipal siga agindo como se a crise
epidemiológica tivesse acabado (o que não é verdade), os impactos do
relaxamento das normas sanitárias estão sendo sentidos no dia a dia das escolas.

Nos últimos dias, a diretoria do SISMMAC tem colhido relatos
de professoras e professores de diversas unidades da rede sobre números de
profissionais afastados, com casos sendo confirmados a todo o momento, e também
de crianças que estão isoladas ou que tiveram casos confirmados.

Tudo isso é reflexo do que vem acontecendo no município. Em
cerca de um mês, Curitiba saiu de 412 casos ativos (7 de abril) para mais de
4.600 (12 de maio), sendo que que o último dia sem óbitos foi 19 de abril.

Como não há estratégia de inteligência para rastrear os
casos, é difícil saber o que é causa e o que é efeito. Mas a verdade é que a
capital pode estar voltando a sofrer um novo momento da crise sanitária, sem
que se aponte qualquer política pública para conter o vírus.

Além disso, os dados os oficiais sofrem, provavelmente, com
a subnotificação, já que está muito mais difícil fazer testes rápidos atualmente
(há falta de insumos para testes em grande parte das farmácias da cidade).

Diante do agravamento da situação, a diretoria do SISMMAC
encaminhará denúncia para a Promotoria da Saúde Pública e avaliará a situação
com a categoria na Assembleia
do dia 19
de maio.

Falta de políticas sanitárias

A prefeitura revogou o decreto municipal que determinava
protocolos de segurança, como o afastamento por 10 dias dos servidores positivados
e 5 dias preventivos para quem tivesse sintoma (estendidos por mais 5 dias, em
caso de confirmação, totalizando 10), e nenhuma outra regulamentação foi implementada
em seu lugar.

O relaxamento se reflete em atitudes como o fim da exigência
do uso de máscaras em ambientes fechados e outras medidas de distanciamento e
restrição de aglomerações, o que ajuda a explicar o quadro de aumento de casos.

Nós já havíamos alertado sobre a precocidade da desobrigação
do uso de máscaras
, uma das medidas que poderia elevar a circulação do
vírus nos ambientes escolares.

Além do risco à saúde dos estudantes e profissionais da
Educação, o aumento dos casos agrava ainda mais o contexto de falta de
profissionais, fazendo com que os estudantes sejam prejudicados e também os
professores, que precisam se desdobrar para substituir seus colegas.

A falta de planejamento e medidas de proteção sanitária por
parte da Prefeitura está colocando em risco todo o magistério e,
consequentemente, a população curitibana.

Fonte: SISMMAC

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