Milhares de mulheres se reuniram no centro de Curitiba,
ontem (8), em grande ato pelo Dia Internacional da Mulher. A mobilização,
pensada coletivamente pela Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana,
teve como principal pauta a defesa da vida das mulheres, contra a violência, o
machismo e a forme.
Os atos, que aconteceram em todo o Brasil, também
protestaram contra o governo de Jair Bolsonaro, que vem acabando com políticas
públicas voltadas a garantir condições mais dignas de vida às mulheres.
A manifestação teve início às 16h30, na Praça Santos
Andrade, com apresentações culturais. De forma simbólica, foi feita uma lavagem
das escadarias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) pelas mulheres dos
terreiros. As indígenas também presentes no ato se apresentaram e deixaram o
recado sobre o olhar necessário de cuidado e cura da “Mãe Terra”.
Em marcha até a Boca Maldita, manifestantes pararam em
pontos estratégicos das ruas centrais de Curitiba, para refletir sobre diversos
temas de impacto na vida das mulheres, tais como luta por moradia, mulheres
negras, violência policial, e situações das periferias da cidade.
O Sismmac foi um dos responsáveis pelo ato em defesa do
Serviço Público, que ocorreu na esquina das Marechais, e trouxe o debate sobre
os ataques dos governos aos direitos das servidoras públicas, bem como sobre o
desmonte do serviço público em diversas áreas (em especial, a educação e a
previdência).
“Levar esses debates para a rua, junto à população, é o
caminho. Pois só assim poderemos ter adesão de todos e todas à defesa das lutas
que permeiam a vida das mulheres trabalhadoras. Que o 8 de março seja para que
possamos comemorar avanços e nossa força, mas também momento de reflexão e
união para fortalecermos nossas lutas”, disse a presidente do Sismmac, Diana
Abreu, que participou do ato junto com outras diretoras do sindicato e inúmeras
professoras da rede municipal.
