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Greca é ineficiente em definir e cumprir medidas restritivas

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Nesta terça-feira (18), a Prefeitura de Curitiba lançou mais um decreto com medidas de enfrentamento à pandemia. Só que mesmo com a situação crítica que atravessamos, o sistema de saúde colapsou novamente, as medidas continuam mais flexíveis do que deveriam e Curitiba continua em bandeira laranja.

Garantir as condições de combate à pandemia é responsabilidade do Estado. O que choca é que a administração da cidade – assim como em todo o Brasil – teria tempo para estabelecer medidas que realmente ajudem a combater a Covid-19 antes de o sistema de saúde colapsar. Mas, ao invés disso, o que a Prefeitura de Curitiba tem feito?

Primeiro, Greca demonstra sua ineficiência em decretar medidas restritivas, a implementação do novo decreto muda muito pouco o que já vinha acontecendo na cidade. O toque de recolher aumenta em uma hora e estabelecimentos de serviços não essenciais estarão fechados aos finais de semana. Mas só isso é suficiente para combater a pandemia?

Como se não bastassem as falhas ao decretar regras, Greca parece também não ser muito bom em cumprir os próprios protocolos. Fotos e vídeos que circularam na imprensa e nas redes sociais esta semana mostram o desprefeito na inauguração no Parque São Lourenço com pessoas aglomeradas e sem distanciamento social, o evento aconteceu na última quinta-feira (13).Enquanto Greca e a burguesia realizam eventos sociais, familiares de mais de cinco mil vítimas da Covid-19 já velaram seus entes queridos em Curitiba.

Diferente da população que não tem escolha e precisa se expor aos ônibus lotados para garantir o sustento de suas famílias, Greca e seus convidados não precisam disso. E a administração tem a obrigação de garantir a segurança da população e de realizar protocolos para o combate à pandemia que vão além de mera formalidade.

Nova onda chega à Curitiba, que nem se recuperou da anterior

Desde o colapso da saúde em março, os casos reduziram pouco e o sistema de saúde sequer se recuperou antes das estatísticas voltarem a subir.

Há algumas semanas, o menor número de infectados ativos foi de seis mil pessoas. E agora, 20 dias depois, já são 8.647 infectados. O aumento desse número é alarmante e não acontece do dia para a noite, basta olhar para os dados divulgados pela própria administração para perceber a tendência de agravamento da pandemia.

Ainda na terça-feira (18), de acordo com a Coordenação de Regulação do Estado do Paraná (CARE-PR), pelo menos cinco hospitais registram Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com ocupação de 100%. E o que mais preocupa é que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também operam com leitos de enfermaria em sua capacidade máxima.

Medidas econômicas e sanitárias são necessárias

Há 14 meses o coronavírus está presente em nossas vidas e mesmo assim não se ouve falar de um plano econômico, que de fato traga para os trabalhadores e trabalhadoras uma segurança financeira para que estes possam ficar em suas casas. Não se fala também da contratação de mais trabalhadores da saúde. Assim como existe um grande silêncio quando se trata da compra de medicamentos e insumos para o combate à pandemia.

Hoje, já sabemos muito mais sobre a pandemia do que sabíamos em 2020, a ciência avançou, a vacina chegou, mas, infelizmente, o negacionismo dos governos tem matado a população.

Para combater o coronavírus é necessário mais do que fechar os estabelecimentos aos finais de semana, é preciso auxílio financeiro, medidas de saneamento básico, investimentos em assistência social e, claro, estrutura adequada no Sistema Único de Saúde. Tudo isso aliado a uma ampla política de vacinação.

De acordo com o Jornal Plural, na última sexta-feira (14), o sistema de saúde de Curitiba havia colapsado novamente e mais de 300 pessoas aguardavam por leitos no Paraná. E é nesse cenário que a gestão Greca continua dando exemplo de incompetência.

O combate e o controle da pandemia precisa ser mais do que a ampliação de poucas medidas. É preciso cobrar para que a população possa cumprir as medidas de isolamento e distanciamento social e para que tenham acesso à saúde pública e de qualidade.

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