Aumento de Covid-19 entre crianças mostra risco de retorno presencial

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No
último domingo (10) o portal Bem Paraná publicou uma reportagem na qual aponta
a alta no número de casos de Covid-19 entre crianças e jovens. Conforme levantamento feito pelo
Portal, com base em dados do Painel Covid-19 da Prefeitura de Curitiba,
nos últimos dois meses de 2020 foram registrados 6.691 novos casos da doença
nas faixas etárias de 0 a 19 anos
, o que representa um aumento de 46,06% em
comparação com o número de casos registrados entre março e outubro de 2020, que
somou 4.581 casos.

Ainda conforme a publicação, na faixa etária entre 5 e 9
anos, que até 31 de outubro de 2020 havia registrado 722 casos, em novembro e
dezembro teve 759 confirmações. Na faixa etária entre 10 a 14 anos, em oito
meses, até fim de outubro, eram 874 confirmações e em apenas dois meses,
novembro e dezembro, foram 1.173 novos casos.

A reportagem ainda traz confirmação do Hospital Pequeno
Príncipe, referência em atendimento pediátrico, sobre a tendência de alta de
casos. Em oito meses o hospital registrou 134 casos na faixa etária entre 0 e
17 anos, mas de novembro até 8 de janeiro de 2021 teve 195 novas confirmações. Os números já mostram um grande
aumento no número de casos, já imaginou como será se aceitarmos o retorno
das aulas presenciais?

E nós
temos exemplos de retornos presenciais que não deram certo! No estado do
Amazonas, na segunda semana de aula, 10% dos professores da rede pública
estadual testaram positivo para o coronavírus.

Há 10 meses vivendo em meio à pandemia do novo coronavírus,
com alta no número de casos confirmados, superlotação nos hospitais, o retorno
às aulas presenciais sem garantia de vacina para todos e de condições de
trabalho que permitam o distanciamento e aplicação de medidas de segurança
necessárias, é um risco para alunos e trabalhadores. Por isso, no início de
fevereiro teremos uma assembleia com indicativo de greve, pois com a vida não
se brinca.

Retorno híbrido

Sem discussão com a categoria e os Sindicatos, o desprefeito
de Curitiba, Rafael Greca, e a secretária Municipal de Educação, Maria Sílvia
Bacila, que reassumiram em janeiro os cargos para um segundo mandato,
encerraram o ano letivo de 2020 informando sobre o retorno híbrido das aulas a
partir de fevereiro de 2021. A decisão foi tomada sem levar em conta o aumento
no número de casos em todas as faixas etárias e a falta de leitos.

Em mais
uma demonstração do autoritarismo e da falta de diálogo que marca a gestão
Greca, o protocolo foi apresentado sem sequer ter passado anteriormente pelo
Comitê. O documento também quase não levou em consideração as problemáticas
levantadas pelos representantes dos trabalhadores.

Além de
um protocolo que não leva em consideração a necessidade dos trabalhadores e que
o SISMUC e o SISMMAC repudiam, a Prefeitura ainda apresentou mais uma surpresa
no fim de dezembro: um Termo de Consentimento, que responsabiliza mães, pais e
responsáveis pelo envio dos alunos às escolas, desresponsabilizando Greca e a
SME das consequências.

O ano de 2021 vai ser de luta e precisamos estar unidos. No
início de fevereiro teremos uma assembleia de indicativo de greve para os
trabalhadores da educação.
Em breve divulgaremos a convocatória nos meios
oficiais dos Sindicatos. Fique atendo e se some nesta luta em defesa da vida!

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