Descaso de Greca: veja escolas que iniciam ano letivo sem inspetores

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20200214_inspetores

O ano letivo foi iniciado na quarta-feira (12) para alunos e
trabalhadores. Mas, antes disso, os servidores que retornaram na semana passada
já ficaram sabendo que o desgoverno de Rafael Greca segue torrando em
propaganda e fazendo pouco para melhorar as condições de trabalho em 2020.

Um dos casos críticos e que se arrasta
há algum tempo é o da Escola Municipal Professora Tereza Matsumoto, na regional
do Boqueirão, que conta com apenas um auxiliar de serviço escolar para fazer
o trabalho que deveria ser feito por sete funcionários. 
Há ainda um profissional
afastado para tratamento de saúde desde julho de 2019, sem previsão de retorno.

A categoria conhecida popularmente por
“inspetores” é uma das que mais sofre com a falta de profissionais. O problema
tem se arrastado nas escolas desde o ano passado. A comunidade escolar se
mobilizou e fez uma manifestação em frente à Escola para denunciar a situação.
Só depois disso, a Secretaria Municipal de Educação (SME) enviou três
inspetores para a unidade, mas, devido à sobrecarga e às condições de
trabalho, uma das trabalhadoras ficou apenas 30 dias e logo pediu remoção.

É obrigação da Prefeitura contratar os
trabalhadores da escola por meio de concursos públicos, porém a gestão Greca
prefere assediar as professoras para que assumam essa função para a qual não
foram contratadas.

O motivo alegado para isso é absurdo e
caracteriza assédio. Sob a justificativa de que o direito da criança está em primeiro
lugar e para fugir da própria responsabilidade, o governo, por meio das chefias
de núcleo, cobra que os servidores realizem a função independente da sobrecarga
de trabalho. O assédio, por parte da administração, percorre todas as
categorias, para as professoras a cobrança é de que além de dar aulas, elas assumam
essa função para tapar buracos. Já para as inspetoras a falta de profissionais
gera sobrecarga de trabalho, hoje, além de cada inspetor ser responsável por
mais de 200 crianças, a categoria sofre com o desvio de função nas escolas.

Ora, em casos eventuais, a escola
consegue se organizar para garantir o atendimento, mas nesse caso o governo
quer perpetuar o problema desviando as professoras da sua real função,
desrespeitando o direito das crianças em ter todos os profissionais que a
escola precisa.

O dinheiro da população está lá nos
cofres da Prefeitura, Greca só não contrata porque não quer!

Não vamos ser coniventes! Defender
o direito da criança é exigir que a administração oferte todos os profissionais
para escola!

E esse não é um caso isolado na rede
municipal de ensino.
A Escola Municipal CEI Augusto Cesar Sandino,
na regional do Boa Vista, enfrenta um problema muito parecido. Estão
previstos nove auxiliares de serviços escolares para o quadro da unidade, que
oferta educação integral para mais de 500 estudantes, entretanto, há apenas
quatro trabalhadores para a função.
E, desses quatro, apenas um fica na
escola no horário do almoço, pois os outros três precisam fazer o acompanhamento
dos estudantes nos ônibus que retornam para as comunidades.

A Escola Municipal Adriano Robine, na
regional do Portão, deveria contar com cinco auxiliares de serviços escolares,
mas possui apenas um trabalhando na unidade.

E, com certeza, essa não é uma
particularidade dessas três escolas ou até mesmo dessas regionais. A gestão
do desprefeito Greca mostra, sistematicamente, desde 2017, que a educação das
filhas e filhos dos trabalhadores da cidade não é uma prioridade para este
governo.
Cabe a nós exigir o que é nosso por direito!

Se a sua escola também está com falta
de profissionais converse com seus colegas de trabalho e denuncie para que as
mães e pais possam ajudar a cobrar que o direito a educação pública de
qualidade aos seus filhos seja respeitado. Informe também à direção do SISMMAC,
pelo telefone 3225-6729, e à direção do SISMUC, pelo telefone 3322-2475,
para que possamos ajudar na mobilização. Vaza, Greca!

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