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Edital de concurso não condiz com realidade das escolas

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A Prefeitura divulgou na última semana quatro editais de
concurso público. À primeira vista, parece uma ótima notícia, não é mesmo?
Entretanto, basta ler o edital para perceber que parte dos interesses da
administração na realização do concurso nada tem a ver com a melhora das
condições de trabalho dos servidores municipais de Curitiba.

Queremos concurso com vagas que representem a demanda dos locais de trabalho!

Antes de mais nada, é preciso afirmar que a realização do
concurso é muito bem-vinda. A direção do SISMMAC defende contratações via
concurso público e é contra as terceirizações, sejam elas via Processo Seletivo
Simplificado (PSS), fundações, organizações sociais (OSs), entre outras e,
consequentemente, precarização dos serviços públicos essenciais para a
população trabalhadora da nossa cidade.

Porém, a crítica ao governo Greca é a realização de um
concurso com pouquíssimas vagas definidas. Você, que é professor ou professora
da rede, já percebeu quantos professores de educação física faltam na sua
unidade?

Sabendo disso, faz sentido que o concurso para docência II –
educação física, possua apenas uma vaga?
E as vagas para as demais áreas? Esse
já é um indício de que a administração quer acabar com as turmas do 6º ao 9º
ano no município? E, se for esse o caso, onde está o diálogo com os servidores
e com a população, aqueles que serão mais impactados com a medida, sobre o
tema? Trata-se de mais uma manobra para impor contratação precarizada via PSS?

São inúmeras as questões que se levantam em uma simples
análise dos editais. Mas, para além da quantidade de profissionais que haviam
nas unidades escolares no final do ano letivo de 2018, a própria administração já
afirmou que o número de aposentadorias de profissionais do magistério aumenta
consideravelmente no início dos anos.

E, diferentemente do que podemos pensar, que seria
necessário aguardar o início desse ano letivo para saber efetivamente quantas
aposentadorias teríamos e, assim sendo, atrasar a realização do concurso, a
Prefeitura já possui esses dados!

A administração municipal tem os dados de quantos
trabalhadores se aposentam em média por mês, e em cada mês especificamente,
quantos já cumprem os requisitos para se aposentar e as estatísticas que
indicam quanto tempo depois de adquirirem o direito os servidores se aposentam
de fato.

Não poderíamos esperar algo diferente de uma administração
que permitiu que o último concurso de docência II vencesse ainda com uma lista
de dezenas de professoras e professores aprovados e prontos para serem chamados.

Falta vontade política para a gestão Greca melhorar a educação pública da nossa
cidade.

Mais uma vez, é importante ressaltar que a nossa
reivindicação é a contratação via concurso público.
Porém, eles precisam
expressar a demanda sentida pelos servidores nos locais de trabalho e não
apenas ser mais uma forma para a Prefeitura arrecadar dinheiro as custas de
quem quer ingressar no serviço público.

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