A Reforma do Ensino
Médio, imposta de forma autoritária pelo governo Temer através da Medida Provisória
(MP)
746/2016, empobrece a formação dos nossos adolescentes,
priorizando uma educação rasa e voltada ao mercado de trabalho.
#@txt234@#A principal mudança é a
redução drástica do currículo obrigatório que hoje conta com 13 matérias. Língua
portuguesa e matemática se tornariam as únicas disciplinas ministradas
obrigatoriamente nos três anos do ensino médio.
Essa alteração, que empobrecerá
a formação crítica dos estudantes, busca moldar
o ensino médio aos critérios cobrados nos testes estandardizados, como é o caso
do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
A partir da metade do 2º
ano, o estudante teria que escolher uma área para continuar os estudos, entre cinco
opções:linguagens, matemática,
ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.
Além de incentivar a profissionalização precoce
dos estudantes, voltada ao mercado de trabalho, especialistas apontam que a
medida pode aumentar a desigualdade entre as escolas.
Como o projeto não
garante ampliação do investimento, nem a melhoria da infraestrutura, muitas
unidades podem não ofertar as cinco áreas, o que obrigaria os estudantes a
cursarem disciplinas que não são do seu interesse ou a procurarem escolas mais
distantes.