O Conselho de Administração do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC), que se reuniu na manhã de quarta-feira (9), revelou aquilo que já desconfiávamos. A Prefeitura não faz os repasses mensais para o Instituto desde agosto deste ano. Ou seja, o problema é ainda maior do que imaginávamos, os repasses não aconteceram nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro e, muito provavelmente, também não ocorrerão em dezembro. Ao todo, a administração municipal deve cerca de R$ 80 milhões aos cofres do IPMC.
As direções sindicais cobraram que o prefeito Gustavo Fruet quite essa dívida o mais rápido possível. E, além disso, os sindicatos reiteraram o pedido de reunião com Fruet ainda este ano. Apesar das direções sindicais terem insistido para que o Conselho de Administração do IPMC enviasse um ofício ao gabinete do prefeito solicitando um encontro, a maioria dos membros do Conselho, que conta com apenas um representante titular dos trabalhadores e um suplente, foi contra o envio do pedido.
Além disso, o presidente do IPMC, Wilson Mokva, sinalizou que a intenção da Prefeitura é financiar essa dívida em 60 meses. Para isso, o prefeito precisaria enviar um projeto de lei à Câmara Municipal e não há previsão para esse envio
Os sindicatos que representam os trabalhadores do município exigem que a administração municipal pague o que deve ao IPMC. Não podemos admitir que o prefeito Gustavo Fruet use os recursos das aposentadorias dos servidores dos municípios para quitar dívidas com os grandes empresários. Nenhum direito a menos!
Revisão da lei 9626/99
Na segunda-feira (7), a comissão paritária formada para revisar a lei 9626/99 se reuniu para dar início à análise da lei. A discussão ficou em torno da transformação do Instituto Curitiba de Saúde (ICS) em autarquia e, consequentemente, a necessidade de realização de concursos públicos para que os servidores municipais sejam atendidos por trabalhadores do quadro próprio do município.
