Com concurso aberto, saúde não é prioridade na convocação da gestão

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Na última semana, a Prefeitura de Curitiba anunciou a contratação de alguns aprovados no concurso público de 2019. A defasagem de servidores é imensa e as contratações por meio de concursos públicos se tornam cada vez mais urgentes! Porém, chama a atenção que em meio a uma pandemia, a gestão Greca ainda não convocou todos os trabalhadores de enfermagem aprovados no concurso de 2016.Além disso, não abriu processo seletivo para outras categorias que estão na linha de frente.

A falta de contratações se reflete na pandemia, o quadro de enfermeiros tem uma defasagem de quase 130 profissionais, enquanto os técnicos de enfermagem têm quase 500 trabalhadores a menos. Os dados são de 2012 até 2019, e perpassam grande parte da gestão Greca. E mesmo com esses dados que escancaram como os trabalhadores estão sobrecarregados devido à falta de servidores, a Prefeitura ainda deixou esperando cerca de 31 técnicos de enfermagem aprovados no último concurso público e 222 enfermeiros, ambas as categorias não foram convocadas no último chamamento.

Isso sem falar de outras importantes segmentos da saúde que não têm concursos públicos abertos e que a Prefeitura não tem sinalizado nenhuma vontade política de realizar novos concursos. Esse é o caso dos médicos, que têm quase 390 profissionais a menos, os farmacêuticos e os trabalhadores da odontologia que juntos somam uma defasagem de quase 180 profissionais. Veja os números clicando aqui.

Com a sobrecarga de trabalho e a imensa defasagem dos trabalhadores da saúde pode parecer difícil entender por que o desgoverno Greca ainda não convocou todos os aprovados no concurso de 2016 e porque outras categorias estão há tanto tempo sem contratações. Mas, a verdade é que isso faz parte do plano de destruição dos serviços públicos, afinal de contas, quanto menos contratações, mais enfraquecida fica a categoria. E isso é exatamente o que Greca quer para poder terceirizar a saúde.

O desprefeito ganha com os processos de terceirização e enfraquecimento do serviço público, afinal de contas, sem os servidores para contrapor o discurso do mundo de faz de conta de Greca, o desprefeito pode promover seus desmandos e continuar fingindo que a situação do município é impecável. Porém, quem está na linha de frente em meio à pandemia sabe que as mentiras de Greca e seus comparsas só beneficiam aqueles que querem manter seu poder às custas da classe trabalhadora.

Contratações via PSS viram propaganda, mas não refletem a realidade

Mesmo fazendo grande propagada das contratações temporárias no início da pandemia, basta olhar para os números para ver como a divulgação da Prefeitura não condiz com a realidade. Em março de 2020 foi divulgada pela administração a contratação de 358 trabalhadores da enfermagem – número que não cobre nem a reposição de servidores dos últimos anos – porém, na folha de pagamento de dezembro de 2020 já vemos uma redução de 60 trabalhadores, constando apenas 295 trabalhadores contratados.

As contratações temporárias e precárias que a Prefeitura realizou não chegam nem próximo de cobrir o número necessário para que os servidores da saúde possam trabalhar com o quadro completo durante a pandemia. Além disso, podemos ver que a administração ainda reduziu o número de trabalhadores em meio ao aumento do número de casos que ocorreu em novembro e dezembro de 2020 – graças à política de “normalidade” instituída por Greca e pela Secretaria Municipal de Saúde, em meio às eleições.

As contratações que foram propagandeadas como uma medida emergencial de controle do novo coronavírus na verdade expressam a grande mentira que é a gestão Greca. Afinal de contas a gestão poderia ter reposto e até mesmo ampliado o quadro de funcionários, o que não aconteceu, mostrando o descaso do desgoverno com os servidores, os trabalhadores temporários e a comunidade.

O SISMMAC engrossa o coro dos trabalhadores da saúde em conjunto com a direção do SISMUC na reivindicação por mais contratação via concurso público. Unidos Somos Fortes!

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