Nossas vidas e direitos importam mais do que os lucros

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É preciso avançar para uma sociedade em que o lucro
não seja mais importante que a vida de trabalhadores e suas famílias

Você sabe quem foram os
primeiros a morrer por causa do novo Coronavírus no Brasil?
Um porteiro de
62 anos, possivelmente infectado pelos moradores do condomínio que chegaram de
viagem do exterior. E, uma mulher de 63 anos, que trabalhava como doméstica no
Leblon e que foi exposta porque a patroa voltou de uma viagem na Itália e não
dispensou a trabalhadora enquanto fazia a sua quarentena.

#@txt1322@#Esses casos escancaram uma
realidade que já conhecemos muito bem de que os trabalhadores e a população
mais pobre estão mais expostos à doença,
além de serem também mais
vulneráveis às consequências econômicas da pandemia.

Entretanto, as medidas adotadas
até agora, pela maioria dos países, mostram que os governos estão mais
preocupados em garantir a sobrevivência do capital do que em proteger a vida
dos trabalhadores.
Distribuem ajuda farta aos mais ricos e migalhas para os
mais pobres apenas para tentar evitar uma convulsão social.

No Brasil, a situação não é diferente, o próprio presidente
tem feito discursos controversos dizendo que a economia não pode parar
por conta dos mais pobres, porém, a verdade é que este é o mesmo presidente
que não propõe nenhuma medida social para garantir a saúde e a sobrevivência da
população.

O discurso de Bolsonaro e de tantos empresários que são seus
apoiadores colocam a vida de centenas ou milhares de trabalhadores em risco.
Claro que estes desconsideram seus familiares que continuarão em isolamento
social ou com acesso garantido a um leito em uma UTI privada caso adoeçam. Estão pedindo aos trabalhadores para que arrisquem
suas vidas e a de seus familiares para proteger os lucros dos patrões.

O Brasil possui 45 mil leitos em
Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), que são essenciais para tratar os casos
mais graves da doença. A maior parte deles (56%), entretanto, está na saúde
privada ou complementar, que atende apenas 23% da população brasileira. Os
números refletem a falta de investimentos e a política de privatização da saúde
pública no Brasil.
Hoje, nove em cada 10 cidades do país não possuem leitos
de UTI próprios e terão que exportar os pacientes para cidades vizinhas.

Até esta quarta-feira (1), o
Brasil registrou 241 mortes e mais de seis mil infectados por Covid-19. Entretanto, o
próprio Ministério da Saúde admite que a cada 100 casos,apenas 14 são
diagnosticados. O número de casos vem crescendo rapidamente e por
isso é preciso reforçar nossa luta em prol de saídas coletivas. A grave
situação que vivemos escancara a necessidade de avançar na construção de uma
sociedade em que o lucro não seja mais importante do que a vida de um
trabalhador e de sua família.
Uma sociedade em que aqueles que tudo
produzem tenham voz ativa e possam organizar fábricas, escolas e hospitais em
nome do interesse coletivo.

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