Fechamento de centro de especialidades deixa pacientes desamparados

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Nesta segunda-feira (27), o Centro de Especialidade Médicas
Matriz (CEMM), localizado na Rua Dr. Muricy, no centro, amanheceu fechado.
Pacientes que foram até o local só encontraram a mensagem de que as
especialidades foram transferidas para outros espaços da secretaria Municipal
de Saúde e que deveriam procurar sua unidade básica de saúde para receber
informações sobre o novo local de atendimento.

O CEMM fazia cerca de 5 mil atendimentos mensais, adulto e
infantil, de especialidades como acupuntura, homeopatia, oftalmologia,
pneumologia, psicologia, psiquiatria e neurologia.
Só que, com as mudanças,
os pacientes ficaram sem atendimento e vão precisar voltar para a fila de
espera, o que dificulta até mesmo estimar quando eles vão conseguir retomar o
tratamento.

O processo de fechamento de CEMM já vem ocorrendo há algum
tempo, com a transferência de profissionais e que culminou no encerramento das
atividades no local agora em janeiro. E o pior é que tudo foi feito na
surdina, 
sem comunicado aberto à população e, em muitos casos, nem para os
próprios pacientes que dependiam das especialidades ali oferecidas.

Além disso, o prédio também abrigava o Ambulatório
Enccantar, especializado no cuidado de crianças e adolescentes com autismo. O Ambulatório
foi transferido, porém, as outras especialidades foram sendo remanejadas aos
poucos para outras unidades distantes do local.

O fechamento do Centro de Especialidades não leva em
conta as necessidades da população, retirando atendimento daqueles que mais
precisam sem considerar o deslocamento, e os tratamentos realizados por mais de
um profissional de forma simultânea.

Essas mudanças repentinas e sem diálogo ferem um princípio
do SUS que preza pela criação de vínculo com os pacientes. Isso sem falar da
estrutura precária dos equipamentos de saúde de forma geral, os locais para
onde as especialidades estão sendo transferidas muitas vezes não oferecem condições
adequadas de atendimento à população.

Sem diálogo

Não é novidade que o desgoverno Greca tem como uma de suas
bases a falta de diálogo. Além de retirar o Centro de Especialidades da
população, a Prefeitura não ouviu, novamente, aqueles que estão todos os dias
em contato com a comunidade, os servidores.

Esse tipo de postura tem sido comum na gestão e faz parte
do plano de destruição da saúde pública.
Fica clara a real intenção desse
desgoverno: destruir a rede municipal de saúde, com fechamento de equipamentos,
sobrecarga de trabalho, estrutura precarizada e desinvestimento em todo os
setores.

Assim, ele quer nos convencer de que a entregar a saúde
pública nas mãos da iniciativa privada é a melhor solução. Mas, nós não vamos
cair nessa conversa mole!

Seguimos firmes na luta contra a terceirização e em defesa
da saúde público, universal, gratuita e de qualidade.

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