Como vai ser o Natal dos servidores e da população em Curitiba?

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Se na propaganda da Prefeitura o Natal de Luzes em Curitiba
é lindo, por trás disso a realidade para a população é outra. Você já parou
para pensar como será o Natal de quem vive nos bairros periféricos ou de quem
faz parte das estatísticas de desemprego, de contratos de trabalho precarizados
e empobrecimento das famílias brasileiras?

Infelizmente, as festas de fim de ano não serão tão felizes
para boa parte da população, graças a uma conjuntura de ataques à classe
trabalhadora.

Por todo o Brasil, o número de pessoas em situação de
extrema pobreza só vem crescendo desde 2015. Hoje, por todo o país são 13,5
milhões de pessoas sobrevivendo com até R$ 145 por mês!
E o número de
desempregados também é alto: 12,6 milhões de pessoas que não conseguem
empregos.

Com isso, o número de pessoas trabalhando em situação de
informalidade para sobreviver bateu recorde. Mas, sem condições de trabalho
adequadas, sem remuneração digna e sem direitos trabalhistas, como o 13º
salário, fica difícil ter uma ceia de Natal adequada em família.

Por aqui, o desgoverno Greca contribui com o endividamento
das famílias.
O aumento do IPTU/taxa de lixo no ano passado pesou no bolso dos
trabalhadores – não é à toa que hoje existem quase 120 mil imóveis em Curitiba
com dívidas no IPTU de 2019.

Mesmo sabendo das dificuldades financeiras dos moradores de
Curitiba, em vez de fortalecer as políticas públicas para garantir o atendimento
em saúde, educação e assistência social à população que necessita, a Prefeitura só faz tirar
cada vez mais direitos da classe trabalhadora para favorecer os empresários.

Na Fundação de Assistência Social
(FAS), o que o desprefeito provoca é um verdadeiro desmonte. O fechamento de
sete Centros de Referência (CRAS) deixou muitas famílias sem
atendimento e até o número de cestas básicas foi reduzido!

Enquanto isso, a gestão trabalha de forma desenfreada para
entregar a saúde pública nas mãos da iniciativa privada.
O exemplo da UPA CIC,
entregue nas mãos de uma Organização Social (OS), só comprova a precarização do
atendimento aos usuários e piora nas condições de trabalho.

Isso sem contar que os bairros distantes dos turistas estão
malcuidados. Há equipamentos da Prefeitura fechados e sem manutenção, como é o
caso de equipamentos da FAS. É um lado da Curitiba abandonada e que não parece
ter tanta importância para o desprefeito, afinal, não aparece na propaganda e
está longe dos olhos dos turistas.

Funcionalismo

Para os servidores, o fim de ano também tem um tom amargo.
Os 3,5% aprovados este ano representam na verdade uma redução salarial – já que
a gestão não repôs a inflação acumulada.
Isso sem falar do congelamento dos
planos de carreira por mais dois anos, sem nenhuma garantia de que eles serão
retomados em algum momento.

Além disso, a desumana Reforma da Previdência aprovada
nacionalmente também pode impactar a vida dos servidores, já que a chamada PEC
Paralela – que amplia a Reforma da Previdência para estados e municípios – está
tramitando no Congresso e pode ser aprovada em 2020.

Neste fim de ano, os trabalhadores vão ter que conviver com
convidados indesejados para o Natal: desemprego, precarização, incertezas e
inseguranças.

A saída para todos esses problemas é uma só: união e
fortalecimento da luta em 2020.
Firmes!

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